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Família de produtor rural goiano estava em avião que explodiu em Ubatuba

Aeronave do produtor rural Nelvo Fries explodiu ao sair da pista; piloto morreu no acidente

O avião de pequeno porte que saiu da pista e explodiu na manhã desta quinta-feira, 09, na orla da Praia do Cruzeiro, em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, pertence à família do produtor rural Nelvo Fries, de acordo com o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A família Fries é gaúcha e chegou a Goiás em 1976, onde se estabeleceu em Mineiros como produtora de grãos.

Os ocupantes da aeronave eram a empresária Meyrelle Fries; o marido dela, Bruno Almeida; os dois filhos do casal; e o piloto Paulo Seghetto, que foi a única vítima fatal. Os passageiros foram socorridos pela Santa Casa de Ubatuba.

Segundo informações da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo, “o Hospital Regional do Litoral Norte (Caraguatatuba), referência para o atendimento aos pacientes de municípios do Litoral Norte, recebeu duas crianças, de 4 e 6 anos, um homem, de 48 anos, e uma mulher, de 41 anos, vítimas do acidente aéreo de Ubatuba, nesta quinta-feira, 09. O estado de saúde das crianças e do homem é estável e o quadro da mulher é considerado grave”.

Vídeo obtido pelo Estadão  mostra o momento em que o avião de pequeno porte ultrapassa a pista do aeroporto de Ubatuba e explode na orla da praia do Cruzeiro, próximo a uma pista de skate. Ao explodir, uma nuvem de fumaça tomou conta do céu.

Avião estava regular e com plano de voo autorizado

A aeronave, de prefixo PR-GFS e modelo Cessna Citation 525 CJ1, saiu do Aeroporto Municipal de Mineiros, em Goiás (SWME), onde a família Fries atua, e tentou pousar em Ubatuba no fim da manhã desta quinta. 

A Rede Voa SP, concessionária que administra o aeroporto da cidade, afirmou que a aeronave ultrapassou a pista, atravessou o alambrado e a Cabeceira 09, indo em direção à Praia do Cruzeiro. “As condições meteorológicas eram degradadas, com chuva e pista molhada”, disse em nota.

Apuração do acidente

A Força Aérea Brasileira (FAB) informou em nota que investigadores do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa IV), braço regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), foram acionados para realizar a ação inicial da ocorrência.

O Corpo de Bombeiros não considera o acidente como uma queda, e sim como uma “excursão de pista”, quando a aeronave sai da pista na hora do pouso ou da decolagem. Com a situação controlada, o processo de remoção do avião pelos órgãos responsáveis estava previsto para começar ainda nesta quinta-feira, 09.

Segundo o sistema da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave estava com a operação negada para táxi aéreo. A FAB afirmou que, na ação inicial para apurar o ocorrido, que começa a ser realizada em Ubatuba, são utilizadas técnicas específicas, “conduzidas por pessoal qualificado e credenciado que realiza a coleta e a confirmação de dados, a preservação dos elementos, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias à investigação”.

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