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EPIs agrícolas: proteção para a saúde e segurança do agricultor
EPIs agrícolas são a primeira defesa do agricultor contra 60% dos acidentes no campo, essenciais para a saúde e longevidade no trabalho rural
Redação Agro Estadão*
27/10/2025 - 05:29

O trabalho no campo é fundamental para a sociedade, porém traz consigo diversos riscos à saúde e segurança dos agricultores. Por isso, o uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) agrícolas vai além de uma simples exigência legal; representa um investimento na saúde, bem-estar e longevidade do produtor e de seus colaboradores.
De acordo com dados do Centro Paula Souza, cerca de 60% dos acidentes de trabalho no meio rural poderiam ser evitados com o uso adequado de EPIs.
Essa estatística alarmante ressalta a urgência de conscientização sobre o tema e a implementação efetiva dessas medidas de proteção.
Conhecendo os principais tipos de EPIs agrícolas
Proteção respiratória
A proteção das vias respiratórias é essencial no ambiente agrícola. Os trabalhadores rurais estão frequentemente expostos à inalação de agrotóxicos, seja em forma líquida ou em pó, além da poeira gerada durante a colheita e o preparo do solo.
Para enfrentar esses riscos, existem diferentes tipos de máscaras, cada uma adequada a situações específicas.
As máscaras descartáveis PFF1 são indicadas para proteção contra poeiras não tóxicas. Já as PFF2 oferecem proteção contra poeiras tóxicas e névoas. As máscaras PFF3, por sua vez, são recomendadas para situações de maior risco, como a exposição a agrotóxicos altamente tóxicos.
Em casos de exposição a vapores orgânicos, as máscaras com filtro químico são as mais apropriadas. A escolha correta e o uso adequado desses equipamentos são fundamentais para prevenir doenças pulmonares e intoxicações.
Proteção ocular e facial
Os olhos e o rosto dos agricultores estão constantemente expostos a riscos como respingos de produtos químicos, poeira, projeção de partículas (como galhos e pedras), insetos e detritos.
Para garantir a segurança nessas situações, é imprescindível o uso de óculos de segurança e viseiras faciais.
Os óculos de segurança com proteção lateral são ideais para a maioria das atividades agrícolas, oferecendo uma barreira eficaz contra partículas volantes.
Em ambientes com alta umidade ou durante atividades intensas, os óculos antiembaçantes são uma excelente opção, garantindo visibilidade constante.
Para tarefas que envolvem maior risco de respingos, como a aplicação de defensivos agrícolas, as viseiras faciais proporcionam uma proteção mais abrangente, cobrindo todo o rosto.

Proteção das mãos
As mãos são particularmente vulneráveis no trabalho rural, estando expostas a uma variedade de riscos. Por isso, a escolha da luva adequada para cada atividade é fundamental. Para o manuseio de agrotóxicos, as luvas de nitrílica ou látex são as mais indicadas, pois oferecem resistência química e impermeabilidade.
Em atividades que envolvem o uso de ferramentas e máquinas pesadas, as luvas de raspa ou couro são mais apropriadas, protegendo contra abrasões e cortes.
Para tarefas que exigem maior sensibilidade tátil, como o manejo de sementes ou a colheita de frutas delicadas, as luvas de algodão são uma boa opção, oferecendo proteção leve sem comprometer a destreza.
Proteção corporal
A proteção da pele e do corpo contra a exposição a produtos químicos, umidade e abrasão é fundamental no trabalho agrícola. Os macacões impermeáveis são essenciais durante a aplicação de defensivos agrícolas, formando uma barreira eficaz contra respingos e névoas tóxicas.

Uma boa dica é acessar o site do programa CuidAgro que tem informações atualizadas sobre gestão responsável de agroquímicos, pesticidas ou produtos fitossanitários. Na plataforma virtual você encontra materiais como esse infográfico acima e vídeos tutoriais sobre EPIs.
Para atividades menos intensas, mas que ainda requerem proteção, aventais e vestimentas de manga longa e calças compridas são recomendados.
É importante que essas vestimentas sejam confeccionadas com tecidos resistentes, mas que também proporcionem conforto térmico e ventilação adequada.
Isso é especialmente relevante considerando as altas temperaturas frequentemente enfrentadas pelos trabalhadores rurais.
A escolha do material e do design da vestimenta deve levar em conta o tipo de atividade e as condições climáticas, garantindo proteção sem comprometer o conforto e a produtividade.
Proteção para os pés
Os pés dos agricultores estão sujeitos a diversos riscos, incluindo perfurações, esmagamentos, umidade e contato com agentes químicos. As botas de borracha (PVC) são amplamente utilizadas no meio rural, oferecendo proteção contra umidade e produtos químicos.
Para atividades que envolvem o risco de queda de objetos pesados, as botas com biqueira de aço ou composite são mais adequadas.
A escolha do calçado deve considerar o tipo de solo e a atividade a ser realizada. Em terrenos irregulares ou escorregadios, por exemplo, é fundamental optar por botas com solado antiderrapante.
Além disso, o conforto é um fator fundamental, já que os agricultores frequentemente passam longas horas em pé.
Proteção auditiva e da cabeça
O ruído excessivo é um problema comum no ambiente agrícola, especialmente durante a operação de máquinas como tratores, motosserras e pulverizadores. Para prevenir a perda auditiva, o uso de protetores auriculares é essencial.
Existem dois tipos principais: os abafadores de ruído, que cobrem toda a orelha, e os plugues, que são inseridos no canal auditivo. A escolha entre eles depende do nível de ruído e do conforto do usuário.
A proteção da cabeça é igualmente importante, principalmente em áreas florestais ou durante atividades que envolvam risco de queda de objetos. Os capacetes oferecem proteção contra impactos e são indispensáveis em diversas situações do trabalho rural.
Além disso, em atividades ao ar livre, o uso de bonés com abas largas ou chapéus pode proteger contra a exposição solar excessiva.
Uso correto e manutenção dos EPIs agrícolas

O uso eficaz e a manutenção adequada dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) são fundamentais para garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores rurais. A correta utilização começa com o ajuste apropriado de cada equipamento.
As máscaras respiratórias devem ser firmemente ajustadas ao rosto, garantindo uma vedação eficiente. Luvas precisam cobrir completamente as mãos e os punhos, enquanto vestimentas de proteção devem ser fechadas corretamente, sem deixar áreas expostas.
A higienização pós-uso é igualmente importante. Máscaras reutilizáveis, luvas e botas de borracha devem ser lavadas com água e sabão neutro, enxaguadas abundantemente e secas naturalmente, longe da luz solar direta.
Vestimentas de proteção requerem lavagem separada, seguindo as instruções específicas do fabricante. Para óculos e viseiras, a limpeza deve ser feita com cuidado, evitando produtos abrasivos que possam danificar as lentes.
O armazenamento correto prolonga a vida útil dos EPIs. Todos os equipamentos devem ser guardados em locais secos, arejados e protegidos da luz solar direta, longe de produtos químicos ou outros contaminantes.
É essencial realizar inspeções regulares, buscando sinais de danos, desgaste excessivo ou comprometimento da integridade do equipamento.
A substituição dos EPIs deve ocorrer não apenas quando há danos visíveis, mas também de acordo com o prazo de validade estipulado pelo fabricante. EPIs vencidos, mesmo que aparentemente em bom estado, podem não oferecer a proteção necessária.
O descarte responsável, especialmente de equipamentos contaminados com produtos químicos, é fundamental para a proteção ambiental. Estes devem ser tratados como resíduos perigosos e descartados conforme as normas ambientais vigentes.
A adoção dessas práticas de uso correto e manutenção não só aumenta a eficácia dos EPIs, mas também contribui para a segurança contínua do trabalhador rural.
Além disso, o uso adequado e a manutenção correta dos equipamentos resultam em economia a longo prazo, evitando substituições frequentes e, mais importante, prevenindo acidentes e doenças ocupacionais.
*Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação Agro Estadão
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