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Em Goiás, golpistas emitiram quatro mil GTAs falsas e movimentaram 200 mil bovinos

Grupo é suspeito de acessar contas de produtores rurais para cometer crimes e sonegar impostos. Prejuízo é estimado em R$ 60 milhões

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Paloma Santos | Brasília | paloma.santos@estadao.com.br

02/07/2025 - 17:56

Foto: Ari Dias/AEN
Foto: Ari Dias/AEN

Segundo informações divulgadas pela Polícia Civil de Goiás (PCGO) nesta quarta-feira, 02, mais de 200 mil bovinos foram movimentados e mais de quatro mil GTAs (Guia de Trânsito Animal) emitidas de forma suspeita pelo grupo investigado pela Operação Paper Ox. A ação foi coordenada pela PCGO, com apoio da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa).

A megaoperação realizada nesta terça-feira, 1º, em 15 cidades de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, São Paulo e no Distrito Federal cumpriu 26 mandados de busca e apreensão, além de quatro mandados de prisão preventiva, em razão de fraudes na emissão de Guias de Trânsito Animal (GTAs) e notas fiscais relacionadas à movimentação irregular de gado.

Segundo a polícia, foram determinados o sequestro e o bloqueio de R$ 80 milhões de ativos financeiros, como saldos bancários, investimentos, aplicações, valores que circulam no sistema financeiro nacional, além de veículos de luxo, caminhões e fazendas. A estimativa total é de R$ 127 milhões.

Risco sanitário

Questionada pelo Agro Estadão sobre prejuízos e o risco sanitário ao setor produtivo, a Agrodefesa informou que não houve risco concreto à área sanitária em Goiás, “mas houve a concorrência desleal com os produtores que atuam de forma lícita, pagando impostos em dia e cumprindo as medidas sanitárias. Além de prejuízo de R$ 60 milhões em arrecadação para o estado de Goiás”. 

De acordo com a PCGO, a operação investiga o uso indevido de credenciais de produtores rurais para a emissão fraudulenta de GTAs por meio do Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago). Segundo comunicado, “a prática viabiliza crimes como sonegação fiscal, fraudes bancárias e a regularização de rebanhos sem origem comprovada”.

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Na mesma ocasião, a Agrodefesa realizou fiscalizações em propriedades rurais ligadas aos investigados. A investigação teve início a partir do trabalho do setor de inteligência e tecnologia da própria agência, que identificou inconsistências no uso do Sidago.

Segundo nota oficial emitida pela agência de defesa sanitária, foi constatado que uma organização criminosa obteve acesso indevido às credenciais de produtores rurais, utilizando essas informações para emitir GTAs fraudulentas. Os documentos eram empregados para encobrir operações irregulares, como sonegação de impostos, fraudes em empréstimos bancários e a legalização de rebanhos sem origem comprovada.

A Agrodefesa ressaltou que não houve falha na segurança do sistema Sidago, mas sim uso inadequado das credenciais por parte de alguns usuários. “Ressaltamos que não houve quebra na segurança do sistema e sim falha no uso das credenciais por parte de usuários que, por algum motivo, compartilharam suas senhas pessoais — o que contraria as boas práticas de segurança digital e os termos de uso da plataforma”, destacou a agência.

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