Voltado a um nicho da gastronomia brasileira, o produto vem de bezerros jovens de raças leiteiras, abatidos entre 16 e 20 semanas
Imagine-se saboreando um prato refinado, com uma carne tão macia que praticamente derrete na boca. Essa experiência única é proporcionada pela carne de vitela, um produto de nicho que vem ganhando espaço na gastronomia brasileira.
Embora o consumo de carne de vitela no Brasil ainda seja relativamente baixo, restaurantes de alta gastronomia e consumidores que buscam alternativas mais sofisticadas à carne bovina tradicional estão cada vez mais em busca dessa carne diferenciada.
A sua produção é regulamentada por normas específicas que visam garantir a qualidade do produto final e o bem-estar animal. Em 2020, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou a Instrução Normativa nº 2, que trouxe maior flexibilidade para a produção de vitela no país.
A carne de vitela é um produto único no universo das carnes bovinas, obtida de bezerros jovens, geralmente abatidos entre 16 e 20 semanas de idade.
Esses animais, conhecidos como vitelos, são criados sob condições específicas para garantir a qualidade distintiva da carne. O peso ideal para o abate varia entre 150 e 200 kg, dependendo do sistema de produção adotado.
Uma característica fundamental da produção de vitela é que os animais são provenientes de raças leiteiras. As mais comumente utilizadas no Brasil incluem a Holandesa e a Jersey, conhecidas por sua alta produção de leite.
Uma das características mais marcantes da carne de vitela é sua coloração rosa-pálida a levemente avermelhada. Essa tonalidade mais clara se deve à idade precoce do animal no abate e à dieta controlada, rica em leite ou substitutos lácteos, que resulta em baixos níveis de mioglobina no músculo.
Ela também é reconhecida por sua textura macia e tenra. Isso se deve à estrutura muscular ainda em desenvolvimento dos animais jovens, resultando em fibras musculares finas e pouco tecido conjuntivo.
O paladar da carne de vitela é caracterizado por um sabor suave e delicado, menos intenso que o da carne bovina madura. Essa sutileza no sabor a torna versátil na culinária, permitindo que se harmonize bem com diversos acompanhamentos e molhos.
Além de suas qualidades sensoriais, a carne de vitela oferece um perfil nutricional interessante. É uma excelente fonte de proteínas de alta qualidade, vitaminas do complexo B (especialmente B12) e minerais, como ferro, zinco e selênio. Comparada à carne bovina tradicional, a vitela tende a ser mais magra, com menor teor de gordura saturada.
As principais diretrizes para a produção de carne de vitela incluem:
Alimentação: a nova regulamentação permite o uso de grãos e suplementos na alimentação dos bezerros, além do leite ou substitutos lácteos, desde que garantam o desenvolvimento adequado do animal.
Bem-estar animal: as normas exigem que os vitelos sejam criados em condições que respeitem seu bem-estar, incluindo espaço adequado, proteção contra intempéries e acesso a água limpa.
Sanidade: os produtores devem seguir rigorosos protocolos sanitários, incluindo vacinações e controle de doenças, sob supervisão de médicos veterinários.
A fiscalização da produção de vitela é realizada pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF) do Mapa, em conjunto com órgãos estaduais e municipais de vigilância sanitária.
Essas entidades são responsáveis por garantir que os produtores sigam as normas estabelecidas, desde a criação dos animais até o abate e o processamento da carne.
*Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação Agro Estadão