Segundo a Emater-RS, a canola lidera a expansão das culturas de inverno; aveia e cevada também têm variações de área
A área plantada de trigo no Rio Grande do Sul na safra de inverno 2025 deve cair 9,97% em relação ao ano anterior, totalizando 1,1 milhões de toneladas. Apesar da retração, a produtividade média estimada é 7,77% superior à temporada anterior, alcançando 2,9 quilos por hectares, segundo informações do boletim da Emater/RS-Ascar, divulgado nesta semana.
Ainda segundo as projeções, a produção estimada no maior estado produtor de trigo do país é de 3,5 milhões de toneladas — queda de 2,95% frente às 3,7 milhões de toneladas da safra 2024.
Segundo a Emater, o recuo na área semeada no estado — que já atingiu 37% da área prevista — , é reflexo do risco climático, da redução no acesso ao crédito e do alto endividamento dos produtores. “Segundo o Banco Central, até o momento, em torno de 40% da área recebeu aporte financeiro com recursos do Plano Safra 24/25. Na safra passada, no mesmo período, 70% das lavouras já haviam sido financiadas”, informa o documento.
Já a área total das culturas de inverno no estado — trigo, aveia branca, canola e cevada — deverá atingir 1,8 milhões de hectares, redução de 2,78% em relação a 2024. A produção conjunta está estimada em 4,9 milhões de toneladas, volume 2,25% superior ao da safra anterior.
Entre as demais culturas de inverno, a canola se destaca, com aumento de 37,41% na área cultivada, somando 203,2 mil hectares. A produção esperada é de 352,8 mil toneladas — 68,99% acima do volume colhido na safra anterior. A produtividade média prevista é de 1.7 quilos por hectare.
Ainda segundo o levantamento, a aveia branca terá expansão de 8,91% na área, chegando a 401,2 mil hectares e crescimento de 11,78% na produção, totalizando 904,3 mil toneladas. Já a aveia-preta para grãos terá aumento de 6,52% na área plantada.
Por outro lado, a cevada deve registrar retração de 21,97% na área cultivada, que será de 27,3 mil hectares. A produção esperada é de 87,4 mil toneladas — redução de 19,90% em relação a 2024, apesar da estimativa de incremento de 2,65% na produtividade, com média de 3.1 quilos por hectare.
A colheita da soja foi finalizada no estado, e os produtores agora se dedicam ao planejamento da próxima safra. O preço médio da saca de 60 quilos ficou em R$ 122,26, com leve alta de 0,77% na semana.
Para o milho, a colheita também está praticamente encerrada, e o valor médio recuou 1,09%, sendo cotado a R$ 63,74. Já o arroz teve a colheita concluída, com preço médio da saca de 50 quilos em R$ 67,23, queda semanal de 1,77%, segundo o boletim.