Puxadas pela exportação de celulose e carne bovina, exportações do estado cresceram 8,6%, enquanto a agronegócio enfrentou retração
Em fevereiro de 2025, Mato Grosso do Sul registrou um superávit da balança comercial de US$ 997 milhões, um crescimento de 8,6% em relação ao mesmo período de 2024. As exportações totalizaram US$ 1,39 bilhão, com destaque para a celulose, que respondeu por 41,4% das vendas externas do estado, e a carne bovina, com 15,4% de participação. Os dados são da Carta de Conjuntura do Setor Externo elaborada pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc).
O valor das exportações de celulose teve um crescimento expressivo de 97,9% na comparação com fevereiro do ano passado, impulsionado pela alta demanda do mercado internacional, especialmente da China, que segue como principal destino das exportações de Mato Grosso do Sul.
Já a soja e o milho apresentaram queda nas exportações. A oleaginosa registrou um recuo de 32,2% em valor e 19,8% em volume, enquanto o cereal teve uma queda de 84,8% em valor de exportação.
A agropecuária apresentou uma redução de 54,1% no volume exportado, impactada por oscilações climáticas e mudanças no cenário econômico global. Já a indústria de transformação registrou um aumento de 23,9% no valor das exportações e de 16,5% no volume exportado.
Nas importações, o gás natural continua sendo o principal item da balança comercial, com 42,4% de participação, seguido pelo cobre, com 8,7%. Segundo a Semadesc, em fevereiro, houve uma retração de 24,7% na importação de gás natural em relação ao mesmo período do ano passado, o que levou a uma queda geral de 18,8% nas importações do estado.
A China continua sendo o principal destino dos produtos de Mato Grosso do Sul, recebendo 41,5% das exportações. Na sequência estão os Estados Unidos (6,1%) e a Itália (5,1%). Entre os destaques positivos, houve crescimento nas exportações para Bangladesh (376,4%) e Turquia (109,8%), indicando diversificação dos mercados atendidos pelo estado. Na América do Sul, as exportações também aumentaram para a Argentina (44,6%), Chile (54,5%) e Uruguai (81,3%).
O Porto de Santos permanece como a principal rota de escoamento da produção estadual, sendo responsável por 49,2% das exportações. No entanto, outros portos, como Paranaguá (26,1%) e São Francisco do Sul, também desempenham um papel estratégico na logística de exportação.