Economia

Importações de lácteos recuam e reduzem déficit na balança comercial

Em abril, as exportações do setor caíram 40,3% na comparação mensal 

Em abril, as exportações brasileiras de lácteos somaram 4,55 milhões de litros em equivalente-leite. O resultado representa uma queda de 40,3% em relação a março. Na comparação com abril de 2024, o recuo foi de 13,1%. Com esse desempenho, a diferença acumulada nas exportações em relação a 2024 é de 47,7 milhões de litros a menos em 2025, segundo dados do sistema da Comex Stat, compilados pela MilkPoint Mercado.

As importações também seguiram em queda: 158,5 milhões de litros em equivalente-leite no mês, com redução de 11,4% frente a março deste ano. Em relação a abril do ano passado, a queda foi maior, de 16,8%. No acumulado do ano, até abril, as importações do setor apresentaram retração de 1,86% frente ao mesmo período de 2024.

Com isso, a balança comercial de lácteos voltou a apresentar melhora em abril, com déficit de 154 milhões de litros em equivalente-leite. O saldo representa um avanço de 17,3 milhões de litros em relação a março, impulsionado principalmente pela continuidade da queda nas importações. “No entanto, a retração nas exportações no mesmo período limitou possíveis ganhos”, destaca o relatório. 

Resultado por produto

Já o desempenho das exportações variou conforme o tipo de produto. O leite condensado teve queda de 27% e o doce de leite recuou 55%. Por outro lado, o soro de leite registrou crescimento de 11% em relação a março. A maioria dos demais produtos seguiu em baixa: iogurtes (-24%) e queijos (-17%). A exceção foi o creme de leite que se manteve estável. 

No lado das importações, o leite em pó integral puxou a queda, com recuo de 20% ante o mês anterior, sendo o principal responsável pela redução do volume total importado. As exceções ficaram para os queijos, que tiveram leve alta de 3%, e a manteiga, com crescimento de 12%. “No entanto, esses aumentos pontuais não foram suficientes para reverter a tendência geral de queda nas importações”, destacam os especialistas.