Economia

Faz frio, faz calor e mercado de alface tem mês de instabilidade

Impulso das cotações com volta às aulas foi interrompido por queda das temperaturas

Devido às oscilações climáticas ocorridas em agosto, o mercado de alface se comportou de forma bastante irregular durante o mês. De forma geral, as praças acompanhadas pela equipe de hortifruti do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplica (Cepea) fecharam agosto em queda.

Em Ibiúna, interior de São Paulo, após ser negociada a R$ 17,63, no dia 2, a caixa (12 pés) da americana encerrou o mês a R$ 12,50. Em igual intervalo, a coração da crespa, em Mogi das Cruzes (SP), saiu de R$ 17,10 para R$ 15,35 a caixa (20 pés). Baixa também em Teresópolis (RJ). Na praça fluminense a caixa (24 pés) da alface lisa encerrou mês negociada a R$ 9,87.

O declínio dos preços justificado pela inversão das temperaturas em agosto. No início do mês o clima quente e seco, unido ao retorno das aulas, favoreceu o consumo e as cotações, mas o cenário se inverteu com a queda das temperaturas no correr do mês, fato que afetou ainda mais a demanda.

Além do impacto no consumo e nas cotações, a oscilação climática tem ocasionado queima de borda das folhas, que resulta em descartes – principalmente pela ocorrência de alguns pontos de geada nas regiões produtoras, relatam pesquisadores do Cepea.

De acordo com o Centro de Estudos, há melhores expectativas a partir da segunda quinzena de setembro, com o início da primavera e o aumento das temperaturas. Dessa forma, o consumo deve ser favorecido, podendo impulsionar as cotações cotações.

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