Economia

Exportações de carne bovina caem 6% em fevereiro, mas receita cresce 12,6%

No bimestre, China e EUA reduziram compras, enquanto Chile e Argélia ampliaram importações

Em fevereiro, as exportações de carne bovina in natura, processada e subprodutos desaceleraram, com o Brasil enviando ao exterior 217 mil toneladas. O volume é 6% inferior ao registrado em igual período do ano passado (230 mil toneladas), de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior, compilados pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).

Apesar do recuo no volume, houve crescimento de 12,6% em receita — US$ 1,038 bilhão em 2025, ante US$ 922,1 milhões em 2024. Com a valorização do dólar frente ao real, o preço médio de comercialização em fevereiro foi de US$ 4,7 mil por tonelada.

Resultado bimestral

Considerando o resultado do primeiro bimestre do ano, as exportações de carne bovina movimentaram 456 mil toneladas (-2%) com receita de US$ 2 bilhões (+12%).

No acumulado dos dois primeiros meses deste ano, a China, principal cliente brasileiro, comprou menos 5,3% de carne bovina, chegando a 183 mil toneladas, ante o mesmo período de 2024 (194 mil toneladas). Já em receita, houve um incremento de 4,5%, atingindo US$ 895,9 milhões. 

O mesmo cenário se repetiu para os Estados Unidos, segundo maior cliente do setor brasileiro: queda de 12,1% em volume e alta de 10,9% em receita, alcançando, respectivamente, 78,2 mil toneladas e US$ 286,3 milhões.

Enquanto isso, o Chile, terceiro maior comprador de carne bovina do Brasil, aumentou sua movimentação de 11,9 mil toneladas, com receita de US$ 54,5 milhões em 2024 para 19,2 mil toneladas (+61,7%) e receita de US$ 105 milhões em 2025 (+92.5%).

Um dos destaques no período foi o aumento das compras por parte da Argélia, que subiu para a quarta posição entre os 20 maiores importadores do setor brasileiro. O país importou 15,9 mil t de carne bovina nos primeiro bimestre deste ano, ante 5,3 mil no ano passado — volume 199% superior. As compras renderam ao Brasil US$ 85,4 milhões, alta de 254% frente ao mesmo período de 2024. 

Segundo a Abrafrigo, no total, 89 importadores aumentaram suas aquisições, enquanto outros 51 reduziram suas compras.