Economia

Descubra os principais derivados da mandioca

A tecnologia e as boas práticas garantem a qualidade e a segurança dos derivados da mandioca

A mandioca, também conhecida como aipim ou macaxeira, é um tesouro da agricultura brasileira, especialmente para os pequenos produtores. 

Essa raiz versátil não apenas alimenta milhões de brasileiros diariamente, mas também oferece uma gama impressionante de produtos derivados, cada um com seu próprio potencial de geração de renda.

Em 2023, a produção brasileira de raiz de mandioca atingiu 18,5 milhões de toneladas, segundo o IBGE. Para 2024, a área plantada deve se manter estável em 1,2 milhão de hectares.

O que é mandioca?

A mandioca (Manihot esculenta) é uma planta nativa da América do Sul, cultivada há milênios pelos povos indígenas. Caracteriza-se por suas raízes tuberosas ricas em amido, folhas palmadas e caule lenhoso. 

Extremamente adaptável, a mandioca prospera em diversos climas e tipos de solo, o que explica sua ampla distribuição no Brasil e no mundo.

Tipos de mandioca

Existem dois tipos principais de mandioca, que se diferenciam pelo teor de ácido cianídrico e pelo uso culinário ou industrial: a mandioca doce, também conhecida como aipim ou macaxeira, e a mandioca brava

A mandioca doce apresenta baixo teor de ácido cianídrico, o que a torna segura para consumo imediato após o cozimento. Ela é ideal para preparar pratos como mandioca frita, purê e bolos. 

Por outro lado, a mandioca brava possui um alto teor desse composto tóxico e, por isso, requer processamento prévio para que possa ser consumida com segurança. Essa variedade é mais utilizada na produção de farinha e outros derivados.

Principais derivados da mandioca

O Pará é o maior produtor de mandioca com aproximadamente 3,77 milhões de toneladas – Foto: Adobe Stock

Farinha de mandioca

A farinha de mandioca possui textura granulada e sabor levemente adocicado. É utilizada em preparações como farofa, acompanhando feijão e também como espessante (que torna o alimento mais consistente) para molhos. 

Existem diversas variedades de farinha de mandioca, que podem ser fina, média, grossa ou torrada, cada uma adequada para diferentes usos culinários.

Fécula (amido de mandioca)

A fécula é um pó fino, branco e sem sabor, utilizado principalmente como espessante na indústria alimentícia, na produção de tapioca e até como base para a fabricação de bioplásticos. 

Em aplicações industriais, a fécula também é empregada em setores como papel, têxtil e farmacêutico.

Polvilho doce

O polvilho doce é caracterizado por ser um pó fino, branco e de sabor neutro. É bastante usado em receitas como pão de queijo, biscoitos e também como espessante para molhos.

Polvilho azedo

Com textura semelhante ao polvilho doce, o polvilho azedo se diferencia pelo sabor levemente ácido. Ele é essencial em receitas como pão de queijo, conferindo uma textura mais crocante, além de ser usado em biscoitos e sequilhos.

Tapioca

A tapioca é composta por grânulos brancos que, ao serem hidratados, formam uma massa versátil. É muito usada na preparação de crepes, bolinhos, pudins e como substituto do pão em dietas sem glúten.

Tucupi

O tucupi é um líquido amarelado extraído da mandioca brava. Ele é tradicionalmente utilizado como base para molhos e caldos, sendo indispensável no preparo do famoso prato amazônico, o pato no tucupi.

Goma de mandioca

A goma de mandioca é uma massa úmida extraída da raiz, utilizada especialmente na produção de tapioca, bolos e pães.

Processamento dos derivados

Foto: Adobe Stock

O processamento varia de acordo com o produto final desejado, mas geralmente envolve as seguintes etapas:

    Para produtos como fécula e polvilho, etapas adicionais de decantação e secagem são necessárias.

    Boas práticas no processamento dos derivados da mandioca

    A qualidade dos derivados da mandioca depende diretamente das boas práticas de processamento:

    Tecnologias e equipamentos utilizados no processamento:

    Para otimizar a colheita da mandioca, é fundamental planejar o processo de acordo com a demanda, evitando a deterioração das raízes e garantindo a máxima qualidade do produto. 

    Investir em equipamentos que aumentem a eficiência e reduzam o desperdício também é uma estratégia essencial para melhorar os resultados. 

    Além disso, é possível aproveitar os subprodutos, como as cascas, destinando-os para compostagem ou alimentação animal, o que agrega valor e promove a sustentabilidade. 

    Por fim, implementar um sistema de controle de qualidade em todas as etapas do processo assegura que o produto final atenda aos padrões exigidos pelo mercado.

    Sugestões para produtores que desejam explorar esse potencial:

    *Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação Agro Estadão

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