Economia

Com uso de IA, IBGE lança força-tarefa de auxílio à reconstrução do RS

No primeiro momento, etapa acontecerá de forma virtual; Objetivo é capacitar os gestores municipais para o enfrentamento da crise

Com a finalidade de ajudar o Rio Grande do Sul a superar a maior tragédia climática do estado, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou nesta segunda, 20, um projeto de força-tarefa para o diagnóstico, planejamento e reconstrução das áreas atingidas. O objetivo primordial é capacitar os gestores municipais para o enfrentamento da crise. 

Inicialmente, a força-tarefa será virtual, mas usará a estrutura das 36 unidades do Instituto no estado para dar suporte no processo. 

A primeira ação será um treinamento prático pela plataforma de ensino do IBGE. A ideia é mostrar aos participantes como utilizar os dados disponíveis e organizá-los com o uso de ferramentas de inteligência artificial. 

“A oferta dos bancos de dados será para que os gestores da nação, no âmbito federal, estadual e municipal, possam oferecer melhores respostas possíveis ao enfrentamento, do que, infelizmente, estamos vivendo em vários municípios do estado do Rio Grande do Sul”, explica Marcio Pochmann, presidente do IBGE.

No treinamento será possível visualizar mapas de suscetibilidade a deslizamentos, cobertura e uso das terras. As informações utilizadas serão as mais recentes do Censo Demográfico de 2022, que incluem o posicionamento de cada município e dados populacionais. 

A força-tarefa também é um projeto piloto do uso coordenado de dados nacionais por meio do Sistema Nacional de Geociências, Estatística e Dados (SINGED) — laboratório de inovação do IBGE. 

O propósito é criar um ambiente para geração de novas ideias e projetos para o diagnóstico e planejamento de políticas públicas, por meio de tecnologia combinada com informações técnicas. “Saindo, assim, de uma tragédia para a reconstrução e políticas, que não só resolvam o problema que ficou, mas crie prevenção no futuro a partir do conhecimento dos dados”, afirma o diretor de Tecnologia da Informação do IBGE, Marcos Mazoni.