Valor projetado de negócios na World of Coffee Dubai 2025 aponta aumento de 230,2% em relação à edição anterior
Os cafés especiais do Brasil ganharam ainda mais visibilidade durante a World of Coffee Dubai 2025, onde empresas brasileiras movimentaram US$ 48,6 milhões em negócios presenciais, com potencial de elevar esse valor para US$ 191,6 milhões até 2026. O montante projetado representa um crescimento de 230,2% em relação à edição de 2024, refletindo o avanço do setor no Oriente Médio.
Durante o evento, realizado entre 10 e 12 de fevereiro nos Emirados Árabes Unidos, os empresários brasileiros realizaram 665 contatos comerciais, sendo 444 novos. O grupo faz parte do “Brazil. The Coffee Nation” , projeto setorial desenvolvido em parceria entre a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).
Além das negociações, o estande brasileiro apresentou cafés com certificação de rastreabilidade e pontuação superior a 88 pontos, reforçando a qualidade e a transparência do produto nacional no mercado global.
Para o diretor executivo da BSCA, Vinicius Estrela, a presença do setor na feira tem sido mantida de forma estratégica, possibilitando a presença de cooperativas, produtores, exportadores, entre outros agentes do setor que acompanham o crescente interesse pela qualidade dos cafés especiais do Brasil.
O dirigente ressalta também o aumento do consumo da bebida no Oriente Médio. “Temos visto a multiplicação de cafeterias e grandes investimentos realizados por empresas e governos na cena do café especial por lá, o que contribui para que o Oriente Médio se consolide como ponto focal das principais cadeias internacionais do setor”, comenta em nota.
O Oriente Médio é um parceiro tradicional dos cafés brasileiros e, nos últimos anos, tem ampliado suas compras, especialmente de cafés especiais. Em 2024, a região importou 3,2 milhões de sacas de 60 quilos do grão, gerando uma receita cambial de US$ 820 milhões. Esses números representam crescimentos de 22% em volume e de 47,4% em receita em comparação com 2023, segundo dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).