Economia

Brasil recebe aval da China para exportar farinhas de origem animal

Autorização inclui farinhas de resíduos de abates de aves, suínos e pescados; cinquenta estabelecimentos foram habilitados

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) anunciou, nesta quarta-feira, 30, que o Brasil está autorizado a exportar farinhas de aves, suínos e pescados para a China. Os produtos, obtidos a partir do processamento de resíduos de abates, como ossos, tecidos e vísceras, são utilizados na produção de rações animais.

Cinquenta estabelecimentos foram habilitados, sendo 46 de aves e suínos, e quatro de pescados. De acordo com nota oficial, “a autorização marca um avanço concreto na relação comercial com o maior parceiro do agro brasileiro e abre novas oportunidades para o setor de reciclagem animal”.

Segundo o Mapa, além da importância comercial, a habilitação reforça o papel do Brasil no avanço de soluções sustentáveis para a agropecuária. “A exportação de farinhas de origem animal integra práticas de economia circular, ao transformar resíduos em insumos valorizados pela indústria global”, disse o ministério.

O processo de autorização teve início com a assinatura do Protocolo Sanitário bilateral, em abril de 2023, que contou com auditorias presenciais realizadas pela Administração Geral das Alfândegas da China (GACC) e culminou em um modelo de certificado sanitário acordado entre as autoridades competentes dos dois países.

A habilitação teve apoio da Adidância Agrícola em Pequim, da Embaixada do Brasil em Pequim, do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e do setor privado nacional.

A China segue como principal destino das exportações agropecuárias brasileiras. Em 2024, o país asiático importou mais de US$ 49,6 bilhões em produtos do agro nacional. Especificamente no segmento de farinhas de miudezas, que agora passa a incluir as farinhas de aves e suínos, as compras somaram mais de US$ 304 milhões no ano.