Economia

Boi em 2025: crescimento da oferta de animais e da demanda deve ser menor do que ano anterior 

Estados Unidos devem manter compras elevadas; Oriente Médio e Chile podem ter expansão

O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) projeta que a pecuária de corte brasileira deve continuar crescendo, mas em ritmo menor do que o registrado em 2024. Segundo o instituto de pesquisa, um dos fatores que deve interferir nessa dinâmica é uma redução na demanda interna por carne bovina. Com a disparada do dólar nos últimos meses, os custos foram influenciados e “a população tende a ter orçamento apertado e a optar por carnes mais baratas”.

Quanto ao mercado externo, a sinalização dos pesquisadores é de que o volume exportado pode ter um crescimento menor do que o observado em 2024, mesmo com novas aberturas de mercado. O Cepea ainda aponta que a China deve continuar sendo o principal comprador da carne bovina. Logo em seguida os Estados Unidos, onde as projeções indicam que “a recuperação do rebanho interno ainda está em curso”, o que pode manter as compras estadunidenses em alta. 

Além desses mercados, há estimativa de expansão da venda de carne bovina brasileira para o Oriente Médio. “A perspectiva é que a taxa de crescimento aumente”, sinaliza o Cepea. O mesmo vale para o Chile.

O instituto também projeta que os produtores irão continuar ampliando a produção, mas em ritmo menos acelerado do que em 2024. A nível de comparação, “dados do IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística] até setembro mostravam aumento de 19% do número de animais abatidos”. 

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