Segundo o IMEA, aquisição de fertilizantes em Mato Grosso já recuou 18% em 2025, o menor nível dos últimos seis anos
O custeio da safra de soja 25/26 está mais alto nesta temporada. Segundo levantamento do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA), o custo de produção da oleaginosa em julho subiu 0,92% em relação ao mês anterior, custando R$ 4.183,04 por hectare, em média.
Ainda segundo relatório, publicado nesta segunda-feira, 18, só o pacote de fertilizantes teve aumento de 1,33% no mesmo período. Isso tem inibido as compras de fertilizantes no estado que, ao que indica o relatório, os produtores aguardam melhores preços.
Prova disso é o ritmo de comercialização dos fertilizantes no estado, que está cerca de 12,58% abaixo do registrado na safra anterior, tornando, até a estimativa de julho, a temporada mais atrasada da série histórica do Imea.
Dados do instituto mostram que, em julho deste ano, Mato Grosso importou 617,15 mil toneladas de fertilizantes, alta de 8,86% em relação ao mesmo período do ano passado. O crescimento foi identificado em nitrogenados (+361,89%) e fosfatados (+75,00%). Contudo, ao analisar o acumulado do ano, o estado importou 2,97 milhões de toneladas de fertilizantes, o que representa queda de 18,51% frente ao mesmo período de 2024, configurando o menor volume adquirido nos últimos seis anos.
“Esse cenário pode indicar não apenas um menor investimento por parte dos produtores para a próxima safra, mas também possíveis problemas logísticos, já que muitos postergaram suas compras e ainda não garantiram todos os insumos necessários”, finaliza o relatório.