Cotações

Soja recua mais de 4% no mercado doméstico em fevereiro

Pressão sobre os valores reflete o avanço da colheita no Brasil e expectativa de menor esmagamento, indica Markestrat

O preço médio da saca de soja no acumulado de fevereiro, até a sexta-feira, 21, recuou 4,4% no indicador Cepea, base Paraná, frente ao mesmo período de janeiro. O valor médio passou de R$ 131,57 para R$ 125,73, refletindo o avanço da colheita da safra recorde brasileira.

Segundo a Markestrat, a pressão sobre os valores da soja pode ser atribuída também à desaceleração na demanda por farelo e óleo de soja, reflexo de uma expectativa de menor esmagamento. A recente decisão do governo de manter o teor da mistura de biodiesel ao diesel em 14% impacta a dinâmica do mercado. “A medida pode contribuir para estabilização do preço do diesel, mas afeta as produtoras, que possuíam expectativas de maior esmagamento, com o ajuste do teor para 15%”, destaca a consultoria em relatório. 

No acumulado da última semana, os preços futuros do farelo e óleo de soja apresentaram valorizações entre 0,72% a 1,86%, no entanto, no recorte mensal há desvalorização em todos os contratos. A queda mais intensa é para o farelo de soja, com entrega em março, que registrou queda de 9,09% até a sexta-feira, 21.

Café

Embora os preços no mercado de café tenham tido queda na variação semanal, especialmente o tipo arábica, as cotações ainda seguem operando em patamares recordes. 

A expectativa, ressalta a Markestrat, é de que o mercado continue com uma tendência de valorização de médio e longo prazo, principalmente devido à bienalidade das lavouras e à crescente demanda global pelo produto. 

Laranja

A expectativa de aumento na oferta global de suco de laranja, que deve crescer 4%, sendo o Brasil responsável por 9% desse aumento, está influenciando o mercado. O cenário de aumento de produção pressiona as cotações tanto da fruta, quanto do suco na bolsa de Nova York. 

No acumulado das três primeiras semanas de fevereiro, o preço da caixa de laranja recuou 13,59% no mercado doméstico, enquanto o contrato futuro para março teve queda de 36,29% no período.