Cereal fechou agosto com poucas movimentações e leve recuo; mesmo assim, preços do trigo estão 21% acima dos praticados em 2023
A colheita da nova safra de trigo começa a ganhar ritmo no Paraná, maior estado produtor do cereal no Brasil, mas a produtividade e a qualidade têm ficado aquém do esperado por produtores.
Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), esse cenário se deve às condições climáticas desfavoráveis para a cultura no estado paranaense, que registrou fortes geadas no período próximo à colheita.
“Atentos às atividades de campo e diante da entrada de lotes da nova safra no spot nacional, agentes de moinhos mostram baixo interesse em novas aquisições – os demandantes ativos ofertam preços menores. Além disso, a qualidade ainda não é a desejada por compradores, o que faz com que parte dos vendedores disponibilize o trigo a valores mais baixos”, contextualizam os pesquisadores do Centro.
Cenário que mantém as cotações enfraquecidas e o mercado em rimo lento. Em agosto, a média mensal do trigo negociado no Paraná foi de R$ 1.538,62 por tonelada, queda de 0,4% sobre a de julho, mas 21,9% acima do valor observado em igual mês de 2023, em termos reais.
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