Em reta final dos trabalhos em campo, cotações seguem em alta; arábica e robusta sobem mais de 5% e 6%, respectivamente
A colheita do café arábica, que se aproxima da reta final, vem sendo marcada por preocupações quanto à qualidade dos grãos. Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), desde o começo dos trabalhos em campo, produtores relatam que a gramatura dos grãos está inferior ao registrado em anos anteriores, fato que, além de demandar mais grãos para encher a saca – assim aumentando o custo de produção -, também dificulta a padronização dos lotes. Na visão do Cepea, esse tem sido o principal gargalo na temporada 2024/25.
Conforme o Centro de Estudos, com peneira abaixo de 17/18 (um tipo de classificação utilizada para identificar o tamanho dos grãos), o volume final colhido pelo Brasil na safra 2024/25 deverá ser impactado.
Para o robusta, também há relatos da variedade com peneira abaixo do esperado, o que deve comprometer o fechamento final da temporada em termos de volume, além de atrapalhar a formação dos lotes já contratados.
Quanto aos preços, as cotações seguem em alta. Nesta terça-feira, 23, o Indicador do Café arábica Cepea/Esalq fechou o dia a R$ 1.441,85 a saca de 60 kg, variação mensal positiva de 5,18%.
Alta um pouco mais expressiva foi observada para o robusta, com a saca a R$ 1.302,61, valorização de 6,56% no mês.
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