Com oferta em alta, preço do milho segue viés de baixa no mercado físico e nos contratos futuros
O mês de junho foi crítico para os preços de algumas commodities. O café, especialmente para o arábica, teve forte retração no período, chegando a desvalorizar 23,16% no mercado físico, aponta relatório da Markestrat.
O robusta também teve perdas expressivas de 20,49% nos contratos de janeiro/26. A exceção foi o contrato futuro de julho, com alta de 1,92% na última semana, sinalizando possível reação.
Já o milho, com oferta em alta, teve os preços reduzidos em 7,06% no mês. Os contratos futuros também seguem com viés de baixa e quedas de 2,11% a 0,14% até janeiro/26. A exceção está nos contratos de setembro/25, que registraram alta de 0,64%, na última semana.
Os preços da soja apresentaram recuperação na última semana. Destaque para os contratos futuros, que subiram entre 1,39% e 1,96% e o físico, com alta de 0,73%. No acumulado do mês, o mercado físico registrou valorização de 6,15%, indicando uma recuperação importante após um período de baixa.
O farelo de soja continua pressionado, com quedas expressivas nos contratos futuros, acumulando retração entre 9,98% e 11,55% no mês. O óleo de soja, influenciado pela decisão do governo federal de oficializar o aumento da mistura de biodiesel ao diesel, teve uma semana de forte recuperação, com altas entre 2,14% e 2,82%.
O mês de junho foi também de forte queda para a laranja (in natura e suco). O mercado físico caiu 3,08%, enquanto o contrato futuro de julho do suco despencou 26,97% no mês e 10,16% na semana.
Diante da rentabilidade em risco, a consultoria Markestrat recomenda atenção dos produtores aos custos logísticos e com os canais de distribuição mais eficientes, a fim de evitar perdas.
Com o avanço da colheita em Minas Gerais, Piauí e no oeste da Bahia, os preços do algodão seguem em queda. Em junho, a retração foi de 5,93% no mercado físico. Os contratos futuros acompanharam a tendência de queda, destaque para outubro, com redução de 4,75% nos preços.