Possível quebra de safra no maior país produtor eleva temores de baixa oferta mundial em 2024/25
Os contratos futuros do cacau na bolsa de Nova York atingiram um novo recorde nesta quarta-feira, 18. A cotação da commodity chegou a ser negociada próxima de US$ 13.000 por tonelada, reduzindo os ganhos ao longo do dia, mas encerrando o pregão com alta diária de 7,49%, a US$ 12.646 a tonelada.
Conforme os especialistas da Markestrat, a valorização reflete as preocupações com a oferta global. Segundo a consultoria, atualmente, os países da África Ocidental, como Gana, Nigéria e Costa do Marfim, estão seriamente comprometidos com a doença da podridão negra. Essa doença é causada por um fungo que provoca manchas escuras nos frutos, folhas e ramos, levando à deterioração e perda da produção.
Em destaque, o mercado de cacau observa atentamente o cenário na Costa do Marfim — maior país produtor e responsável por um terço do suprimento mundial. De acordo com analistas, a produção no país deverá atingir cerca de 1,9 milhão de toneladas na safra 2024/25. O número representa uma queda de quase 10% em relação às estimativas iniciais do governo, que variavam entre 2,1 e 2,2 milhões de toneladas.
Por outro lado, a demanda por chocolate e subprodutos do cacau tem crescido, o que, segundo a Markestrat, explica a valorização de mais de 47% no mês. No curto prazo, a tendência apontada pela consultoria é de manutenção da alta, “pelo menos até que novas áreas de cultivo entrem em produção comercial.”
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