Cotações

Açúcar ganha competitividade no mercado interno, mas negociações seguem lentas

No exterior, após quedas na última semana, adoçante sobe mais de 3% nesta segunda-feira 

Diante de recuos na bolsa de Nova Iorque na semana passada, as vendas internas de açúcar cristal ficaram mais competitivas no mercado interno.

Na sexta-feira, 26, a saca de 50 kg do cristal branco (Icumsa de 130/180) fechou o dia a R$ 133, valorização diária de 0,52% e mensal de 0,11%, conforme dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada.

Já na bolsa de Nova Iorque, o demerara, com vencimento para outubro, encerrou a semana cotado a 18,42 centavos de dólar por libra-peso, baixa de 0,24% ante o dia anterior. 

Apesar da ligeira melhora na remuneração, o Cepea enfatiza que a taxa de câmbio continua em patamares elevados e os compradores continuam negociando quantidades reduzidas, de acordo com a necessidade imediata, verificando vendas no varejo ainda enfraquecidas. Além disso, esses agentes também seguem recebendo o açúcar fixado em contratos.

As cotações em Nova Iorque também devem seguir no radar desta semana. Nesta segunda-feira, 29, o adoçante reagiu e fechou o dia com cotações em forte alta.

Os contratos com entrega em outubro deste ano terminaram o dia a 19,01 centavos de dólar por libra-peso, alta de 3,2% em relação ao fechamento anterior. 

Conforme análise da consultoria Safras & Mercado, com base em dados da União da Indústria da Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), a produção de açúcar do Centro-Sul do Brasil durante a primeira quinzena de julho ficou abaixo do que era esperado pelo mercado e isso reflete no cenário internacional.

Segundo a consultoria, o clima seco que persiste desde abril reduz a produtividade da cana na principal região produtora de açúcar do país, levantando a especulações de que a safra será menor do que as expectativas iniciais.

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