Você sabia que o Brasil já produziu cânhamo? Descubra essa história esquecida
Um olhar sobre o passado e o futuro do cânhamo no Brasil, de fibra estratégica a aposta promissora para o agronegócio.
By: Fabiana Bertone
O legado do cânhamo
O cânhamo, pilar da indústria antiga, forneceu fibras essenciais para cordas, velas e papel. Sua história no Brasil, rica e esquecida, remonta ao século XVIII, oferecendo novas oportunidades para o agronegócio.
Cânhamo vs. cannabis
Cânhamo e cannabis psicoativa são cultivares de Cannabis sativa. O cânhamo possui baixos níveis de THC e uso industrial, enquanto a cannabis psicoativa visa os efeitos do THC.
A chegada ao Brasil
A coroa portuguesa impulsionou o cultivo no período colonial, vendo o cânhamo como matéria-prima estratégica. Minas Gerais e Rio de Janeiro foram palcos dessas iniciativas de estabelecimento da cultura.
Pilar da indústria naval
Historicamente, suas fibras eram cruciais para cordas, velas e tecidos da Marinha. Também era usado na fabricação de papel para documentos oficiais e embalagens, essencial para o transporte de produtos agrícolas.
Desafios históricos
A dificuldade em mudar paradigmas culturais, a falta de conhecimento técnico e o estigma associado à planta foram obstáculos. A ausência de sementes de qualidade e tecnologia adequada também impediu o avanço do cânhamo.
Produção custosa e a concorrência
O alto custo de produção e processamento, somado à concorrência com fibras mais baratas como o algodão, criava um cenário econômico desfavorável, minando a competitividade do cânhamo.
Falta de mercado e políticas inconsistentes
A ausência de um mercado consumidor estruturado e políticas governamentais inconsistentes contribuíram para o insucesso do cânhamo. Esse cenário dificultou a rentabilidade e a consolidação da cultura.
Perspectivas futuras
O cenário global mudou, abrindo novas oportunidades. Aprender com o passado e combinar conhecimento histórico, tecnologias modernas e um ambiente regulatório em evolução pode pavimentar um futuro promissor.