Nutritivo e versátil, o pinhão é mais do que um petisco sazonal. Descubra sua importância ecológica, cultural, seus benefícios para a saúde e seu potencial comercial no Brasil.
By: Fabiana Bertone
O tesouro da araucária
O pinhão é a semente da majestosa araucária, árvore nativa do sul do Brasil. Reconhecido por sua casca marrom e formato alongado, ele é um dos símbolos das regiões frias do país, sendo um verdadeiro tesouro culinário e ambiental.
Importância ecológica
A araucária e seu pinhão são pilares do ecossistema da Mata Atlântica. A semente é fonte de alimento para diversos animais, como a gralha-azul, que, ao se alimentar, contribui para a dispersão do pinhão e a regeneração da espécie.
Tradição que une gerações
Mais do que alimento, o pinhão carrega um valor cultural e histórico. A coleta dessa semente tem sido, por gerações, uma tradição que une famílias e comunidades durante o outono e inverno, fornecendo sustento e mantendo viva a conexão ancestral com a terra.
Nutrição em cada grão
Este alimento é rico em proteínas, fibras, vitaminas (E, K e do complexo B) e minerais como zinco e fósforo. Além disso, fornece energia de liberação lenta, o que é ideal para manter os níveis de energia estáveis por longos períodos de tempo.
Saúde e bem-estar
O consumo regular do pinhão pode auxiliar na saúde cardiovascular e no controle do colesterol, segundo a Embrapa. A alta concentração de fibras também ajuda no controle do peso, promovendo uma maior e prolongada sensação de saciedade.
Sabor que se reinventa
O pinhão é surpreendentemente versátil. Tradicionalmente cozido em água e sal, pode ser assado na chapa ou no forno. É também ingrediente estrela em pratos salgados como risotos, farofas e paçoca de pinhão, ou em doces como bolos e mousses.
Potencial comercial
A venda de pinhão movimenta milhões, com estados como Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul sendo os principais produtores. O mercado está em expansão, com interesse crescente de restaurantes e da indústria de alimentos processados.