Picão-preto: propriedades, combate na lavoura e usos medicinais

O picão-preto (Bidens pilosa) é uma planta controversa: vista como praga no agronegócio, ela também possui um vasto histórico de uso na medicina popular e na alimentação.

By: Fabiana Bertone

A planta que gruda em tudo

O picão-preto é uma erva da família das Asteraceae, comum em regiões quentes, que atinge até 180 cm de altura. Seus frutos possuem pequenos espinhos que se prendem facilmente a roupas e peles, o que justifica seu nome popular. 

Uma ameaça na lavoura

Esta planta se desenvolve muito rápido, produzindo até três gerações por ano. Cada exemplar pode gerar cerca de 3 mil sementes que permanecem dormentes no solo por longos períodos. 

A competição por nutrientes

A alta capacidade de absorção de água e nutrientes torna o picão-preto um competidor agressivo. Ele prejudica o crescimento de culturas como café, soja, milho e algodão. 

Estratégias para evitar a praga

O manejo envolve práticas manuais, como a capina antes da produção de sementes, rotação de culturas e uso de herbicidas específicos. É vital evitar plantas resistentes ao glifosato. 

Um vasto histórico terapêutico

Na medicina popular, o picão-preto é valorizado. Ele ajuda no alívio de inflamações, cuida do trato gastrointestinal, e tem propriedades antioxidantes e antivirais. 

Aliado contra infecções

A planta é utilizada no tratamento de infecções urinárias e herpes, graças a suas propriedades antibacterianas. Também auxilia na prevenção de diabetes e na regulação da pressão arterial. 

Uso na alimentação

Além de remédio, as folhas do picão-preto são ricas em proteínas e nutrientes, sendo consumidas em várias culturas, cruas ou cozidas, incorporadas a sopas e saladas. 

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