A palmeira brasileira deve receber US$ 2,5 bilhões em investimentos nos próximos anos e promete revolucionar geração de combustíveis renováveis
Simone Favaro/Embrapa
É uma palmeira nativa do continente americano, presente em quase todo o território nacional. A palmeira pode superar os 15 metros de altura e pode sobreviver até 100 anos de idade. O “ouro verde” são os cocos, dos quais se extraem óleos com diferentes usos.
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A macaúba é ainda pouco explorada comercialmente, pois precisa de um processo de pré-germinação das sementes em laboratório. É uma planta de boa adaptação na maioria das regiões do Brasil. O Ministério da Agricultura definiu seu zoneamento através do Zarc.
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A versatilidade da macaúba é grande, alguns usos da planta são: extração de óleos; produção de energia através da biomassa; consumo in natura da polpa; produção de biocarvão ativado; cosméticos; produtos de limpeza; farinhas; ração animal e na cozinha.
Seu rendimento pode ser até 5 vezes maior do que o da soja. A macaúba também se adapta bem nos sistemas ILPF pois ela vai fazer uma recuperação do solo, reduzindo a perda por erosão, além de ser uma alternativa ao óleo de dendê.
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Um ponto de atenção é a questão da destinação da produção. A pesquisadora da Embrapa, Simone Favaro alerta que antes de começar uma plantação de porte comercial é importante ter um plano de negócio que tenha isso em mente. Outro desafio está no tempo de pesquisa, por se tratar de um processo ainda em desenvolvimento.
Há pelo menos três empresas com atividades relacionadas à macaúba: a S.Oleum, a Inocas e a Acelen Renewables, que investirá US$2,5 bilhões. A produção tem previsão de início para o segundo semestre de 2026, com estimativa de produção de um bilhão de litros de SAF e diesel verde por ano, gerando assim mais de 90 mil empregos.
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