AIE: entenda a doença que desafia a saúde dos equinos no Brasil
A Anemia Infecciosa Equina (AIE) é uma doença viral sem cura que ameaça a criação de cavalos, burros e mulas no Brasil, exigindo atenção e controle rigoroso.
By: Fabiana Bertone
O que é a AIE?
A AIE, causada por um retrovírus, afeta exclusivamente equídeos. Sua gravidade varia de casos assintomáticos a fatais, impactando a saúde e o valor zootécnico do rebanho, exigindo vigilância e prevenção rigorosas.
Como ocorre a transmissão?
A transmissão ocorre principalmente por insetos hematófagos, como mutucas e moscas dos estábulos, que transportam o vírus entre animais. Há também transmissão iatrogênica (materiais contaminados) e vertical (mãe para potro).
Impacto dos insetos na disseminação
A proximidade entre animais e a densidade populacional de insetos vetores são cruciais. Mutucas e moscas podem transportar sangue contaminado por curtas distâncias, tornando a vigilância essencial no controle.
Prejuízos financeiros
Os prejuízos incluem a perda de animais de alto valor, custos com diagnóstico e manejo, restrições à movimentação e impacto na reputação do criatório. A prevenção é um investimento vital para a sustentabilidade.
Sinais clínicos da doença
Os sintomas variam. Casos graves: febre alta, anorexia, letargia, inchaço nas patas, mucosas pálidas e hemorragias. Casos crônicos: febre leve, emagrecimento, fraqueza, pelagem áspera e redução do desempenho.
Diagnóstico oficial: coggins e elisa
O Teste de Coggins (IDGA) e o ELISA são exames sorológicos oficiais. Coleta de sangue por veterinário e análise em laboratórios credenciados pelo MAPA garantem a validade legal e agilidade dos resultados.
Legislação e controle
A AIE é de notificação compulsória. A legislação exige exame negativo para o trânsito de equídeos e participação em eventos. O descumprimento resulta em sérias implicações legais e penalidades para o produtor.