Protocolo com a Associação Rede ILPF visa impulsionar práticas de baixa emissão de carbono e recuperar áreas degradadas no estado
O governo do Rio de Janeiro, através da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, oficializa um Protocolo de Intenções com a Associação Rede ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta). A cerimônia, nesta terça-feira (13), marcará o início de uma colaboração focada no fortalecimento da agricultura sustentável no estado fluminense. O objetivo principal é a implementação de sistemas produtivos integrados, visando a redução de emissões de carbono e a recuperação de áreas degradadas.
A iniciativa está alinhada com a agenda agroambiental do estado e representa o primeiro passo para um futuro Acordo de Cooperação Técnica (ACT) que possibilitará ações conjuntas, como capacitação técnica, eventos de disseminação de tecnologia, diagnósticos territoriais e produção científica.
O secretário de Agricultura, Flávio Campos Ferreira, enfatizou que a parceria consolida o papel do Rio como protagonista na transição para uma agricultura mais moderna e sustentável. “A assinatura deste protocolo com a Rede ILPF representa um marco na política agroambiental do nosso estado. Estamos firmando uma aliança com uma rede que é referência nacional na adoção de tecnologias sustentáveis. Essa união de esforços irá acelerar a recuperação de áreas degradadas, aumentar a produtividade e melhorar as condições de vida do produtor rural” destaca o secretário em nota.
O Programa Integra, coordenado pela Rede ILPF, tem como meta promover a adoção da Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) em escala estadual. A estratégia central é a recuperação de pastagens degradadas, aliada a ações contínuas de capacitação, transferência de tecnologia e disseminação de conhecimento.
As atividades planejadas incluem a implantação de unidades de referência tecnológica (URTs), eventos técnicos, diagnóstico territorial com ferramentas digitais e aplicação de indicadores de sustentabilidade.
A ILPF é definida como uma estratégia que combina sistemas agrícolas, pecuários e florestais na mesma área, de forma consorciada, em sucessão ou em rotação. Esse modelo permite o uso intensivo e sustentável do solo, com ganhos de produtividade e diversificação de renda.
Além da redução de custos com insumos e da melhoria da fertilidade do solo, a ILPF contribui para a mitigação de gases de efeito estufa e o sequestro de carbono. A prática é versátil e pode ser adotada em diferentes tamanhos de propriedades e biomas, envolvendo culturas como soja, milho, algodão, pecuária de corte ou leite e silvicultura, com destaque para o eucalipto.