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Amplitude térmica: o que é e como influencia o agronegócio

Entenda o que é a amplitude térmica e como ela pode afetar o plantio

Dependendo da região onde você está, é capaz de já ter vivido a incômoda situação de sentir a temperatura mudar drasticamente em um mesmo dia. A grandeza usada para medir essa diferença de temperatura é chamada de amplitude térmica.

Alterações na cobertura vegetal afetam diretamente a temperatura sentida. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

A amplitude térmica calcula a diferença de temperaturas em uma região, em um determinado período. Comumente, a amplitude térmica é utilizada para calcular a variação de temperatura em um dia (amplitude térmica diária), mês (amplitude térmica mensal) ou ano (amplitude térmica anual).

A amplitude térmica anual é calculada pela diferença entre a temperatura média do mês mais quente do ano e a do mês mais frio. Já a térmica mensal é calculada pela diferença entre a média do dia mais quente e a do mais frio. Por fim, a diária é calculada pela diferença entre a temperatura mais alta do dia e a mais baixa — então se o dia chegou a ficar com 25°C e durante a madrugada, mas a temperatura caiu para 10 °C, a amplitude térmica é de 17,5°C.

O que determina a amplitude térmica?

Muitos fatores influenciam a amplitude térmica, sejam eles naturais, sejam por ação humana. As ilhas de calor, por exemplo, são fenômenos causados pela destruição da natureza e pela substituição da cobertura vegetal por concreto, principalmente nos grandes centros urbanos. Isso faz as temperaturas serem bastante elevadas durante o dia, com a falta de sombra e pela absorção de calor, e caírem bruscamente à noite.

Águas oceânicas mantêm o calor por longos períodos, diminuindo a amplitude térmica. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

Algumas regiões têm amplitude térmica naturalmente alta, esse é o caso de regiões desérticas, onde as temperaturas podem chegar perto dos 50°C durante o dia e de 0°C à noite.

O tipo de vegetação de cada região também influencia na amplitude térmica. Em florestas densas, por exemplo, o calor é aprendido e demora mais para se dissipar, então as amplitudes térmicas são menores nesses locais. Nesse sentido, a água é outro elemento que absorve e retém calor, por isso regiões costeiras também tendem a ter uma amplitude térmica menor.

Porém, um elemento apenas não é capaz de ditar todas as diferenças térmicas que acontecem em uma região. Fatores como altitude, latitude, relevo, umidade do ar, inversão térmica, massas de ar e até o efeito estufa podem influenciar no clima.

No Brasil, a amplitude térmica é bastante variada. As Regiões Norte e Nordeste, próximas à Linha do Equador, têm temperaturas altas e constantes durante o ano, portanto a amplitude térmica costuma ser menor.

Já nas Regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste, as temperaturas podem variar muito durante o dia e durante o ano, portanto a amplitude térmica costuma ser maior. Amplitudes térmicas de 15°C a 20°C são comuns em algumas localidades do Sul do Brasil.

Influência no plantio

A amplitude térmica afeta diretamente o plantio e o cultivo de culturas. Cada tipo de planta pode suportar variações de temperatura durante o plantio e o desenvolvimento, algumas com maior resistência, outras com menos.

No entanto, cada planta tem uma temperatura ideal para se desenvolver com a melhor qualidade. O tomateiro, por exemplo, tem uma temperatura ótima para germinação entre 16°C e 29°C, mas pode suportar variações entre 10°C e 34°C. Por isso, situações climáticas incomuns, como geadas e estiagem, podem afetar a qualidade final da planta e até as matar.

Fonte: Universidade Federal da Grande Dourados, Embrapa, Instituto Agronômico, Educa mais Brasil, Toda Matéria, Conhecimento Científico, Infoescola, Brasil Escola.

Categorias: Summit Agro

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