Pecuária

Quantos anos pode viver um boi?

A longevidade de 18 a 22 anos dos bovinos impacta a rentabilidade do rebanho

A longevidade dos bovinos influencia diretamente a produtividade, a rentabilidade e o planejamento do rebanho. Ao entender esse aspecto, os criadores podem tomar melhores decisões sobre manejo, reprodução e descarte.

Um exemplo notável de longevidade bovina é a vaca “Big Bertha”, registrada no Guinness Book of World Records. Essa extraordinária vaca viveu por 48 anos e deu à luz impressionantes 39 bezerros, demonstrando o potencial de vida e produtividade desses animais em condições ideais.

Quantos anos pode viver um bovino?

Em condições ideais, em média um bovino vive entre 18 e 22 anos. No entanto, é fundamental diferenciar a expectativa de vida natural da expectativa de vida produtiva. 

A primeira refere-se ao potencial máximo de vida do animal, enquanto a segunda representa o período em que o bovino é economicamente viável para produção, seja de carne, leite ou reprodução.

Na prática, a vida produtiva é geralmente menor que a vida natural devido a fatores de manejo e ao propósito da criação, sendo diferente para bovinos de corte e leiteiros.

Para bovinos de corte, embora possam viver muitos anos, o abate ocorre em idades mais jovens, geralmente entre 30 e 48 meses, conforme dados da Embrapa. Essa prática visa otimizar a qualidade da carne e a eficiência produtiva.

Já para bovinos leiteiros, a longevidade está diretamente ligada à vida produtiva, ou seja, aos ciclos de lactação. Após certa idade, por volta dos 10 anos, a produção de leite pode declinar, levando ao descarte do animal, mesmo que ainda tenha potencial de vida.

Fatores determinantes que influenciam quantos anos pode viver um bovino

Foto: Adobe Stock

Nutrição e manejo alimentar adequado

Uma dieta balanceada e acesso constante a água de qualidade são fundamentais para a saúde e longevidade dos bovinos. É essencial suprir as necessidades nutricionais em diferentes fases da vida do animal, como cria, recria, engorda, lactação e gestação. 

Uma nutrição inadequada pode comprometer a imunidade e aumentar a suscetibilidade a doenças, reduzindo significativamente a expectativa de vida do animal.

Sanidade e programas de saúde preventiva

A implementação de um calendário de vacinação rigoroso, controle eficiente de parasitas internos e externos, e medidas de biossegurança são cruciais para a longevidade bovina. 

O acompanhamento veterinário regular permite o diagnóstico precoce e o tratamento adequado de doenças, contribuindo para uma vida mais longa e saudável. Órgãos oficiais como a Embrapa e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) fornecem diretrizes sanitárias importantes para os produtores.

Genética e seleção de rebanho

A escolha de raças e indivíduos com boa genética para longevidade e resistência a doenças impacta diretamente a vida útil do rebanho. 

Selecionar animais adaptados às condições locais é essencial para garantir uma maior expectativa de vida e produtividade. Investir em genética de qualidade pode resultar em animais mais resistentes e longevos.

Bem-estar animal e ambiente

Um ambiente adequado, que inclui espaço suficiente, sombreamento, conforto térmico e manejo de estresse, influencia significativamente a saúde e longevidade dos bovinos. O estresse crônico pode comprometer o sistema imunológico e reduzir a vida produtiva. 

Portanto, proporcionar condições que minimizem o estresse é fundamental para aumentar a expectativa de vida do rebanho.

Por que saber quantos anos pode viver um bovino é importante?

Entender a longevidade dos bovinos é essencial para a rentabilidade da propriedade rural. Essa compreensão permite:

Além disso, conhecer o potencial de vida dos bovinos ajuda na consolidação de um rebanho mais adaptado e produtivo. Produtores que investem em práticas que promovem a longevidade tendem a ter animais mais saudáveis e economicamente viáveis por períodos mais longos.

Ao considerar a expectativa de vida natural e produtiva dos bovinos, os criadores podem desenvolver estratégias de manejo mais eficientes. 

Isso inclui decisões sobre o momento ideal para descarte, investimentos em melhoramento genético e implementação de práticas que prolonguem a vida útil do rebanho.

*Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação Agro Estadão