Escolha do maquinário ideal envolve vários fatores, que impactam diretamente a produtividade e a eficiência da propriedade
Nos últimos anos, a mecanização no agronegócio virou peça chave para quem quer competir no cenário global. Preparar o solo, plantar e colher manualmente pode inviabilizar a busca por produtividade e eficiência. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), foram vendidas mais de 26 mil máquinas agrícolas no Brasil no primeiro semestre de 2024.
As máquinas agrícolas são equipamentos fundamentais que auxiliam o agricultor em diversas etapas da produção, desde o preparo do solo até a colheita e o armazenamento dos produtos.
Elas são responsáveis por aumentar a produtividade e reduzir o tempo e o esforço necessários para realizar atividades manuais. Segundo a Embrapa, o uso de máquinas agrícolas pode reduzir em até 60% o tempo necessário para a realização de tarefas no campo, além de diminuir o uso de insumos e otimizar a gestão de recursos naturais como água e fertilizantes.
Os diferentes modelos de máquinas agrícolas são projetados para atender necessidades específicas de cada etapa da produção. Desde o preparo do solo até o armazenamento, cada máquina tem uma função importante para garantir a eficiência e a produtividade da lavoura.
O primeiro passo na produção agrícola é o preparo do solo, e para isso são utilizados equipamentos como tratores, arados e subsoladores. O trator, por exemplo, é uma máquina versátil, que pode ser equipada com diversos implementos agrícolas, como arados e grades.
Os arados são utilizados para a movimentação e arejamento do solo, tornando-o mais propício para o plantio. Já os subsoladores são indicados para quebrar camadas compactadas, melhorando a infiltração de água e o desenvolvimento das raízes.
Na etapa de plantio, o uso de semeadoras e adubadoras é essencial para garantir que as sementes e os fertilizantes sejam distribuídos de forma uniforme e precisa.
As plantadeiras são máquinas responsáveis pela colocação das sementes no solo, enquanto as adubadoras distribuem os fertilizantes de forma calculada para nutrir as plantas no momento certo.
O uso de máquinas de precisão nessa etapa pode reduzir o desperdício de sementes e fertilizantes, melhorando a eficiência da produção.
Após o plantio, a fase de cultivo exige atenção contínua às necessidades da lavoura. Equipamentos como pulverizadores e sistemas de irrigação desempenham um papel crucial.
Os pulverizadores são utilizados para a aplicação de defensivos agrícolas, como herbicidas e inseticidas, protegendo a lavoura de pragas e doenças. Já os sistemas de irrigação, que variam de pivôs centrais a sistemas de gotejamento, garantem que a água seja distribuída de forma eficiente, economizando recursos hídricos.
Na colheita, as colheitadeiras desempenham um papel essencial, especialmente em culturas como soja, milho e trigo. Essas máquinas realizam a colheita de forma mecanizada, aumentando a velocidade e a eficiência do processo.
Equipamentos como as ceifeiras-debulhadoras são responsáveis pela separação dos grãos da palha, garantindo que o produto final esteja pronto para o mercado.
Depois de colhida, a produção precisa ser processada e armazenada adequadamente. Máquinas como secadores e armazenadores são fundamentais nessa etapa. Os secadores são usados para reduzir o teor de umidade dos grãos, prevenindo o surgimento de fungos e outras deteriorações durante o armazenamento.
Os armazenadores, por outro lado, garantem que os grãos sejam estocados em ambientes controlados, prontos para serem vendidos quando o mercado estiver favorável. É importante ressaltar que o uso de equipamentos adequados no pós-colheita pode aumentar a durabilidade dos produtos evitando perdas significativas.
A escolha da máquina agrícola ideal envolve vários fatores, e essa decisão impacta diretamente a produtividade e a eficiência da propriedade.
O porte da propriedade é um dos fatores mais determinantes na escolha das máquinas agrícolas. Pequenas propriedades podem optar por máquinas menores e mais simples, que exigem menor investimento inicial e menor custo de manutenção.
Já grandes propriedades precisam de máquinas robustas, capazes de operar por longos períodos e realizar tarefas em grande escala. As propriedades de grande porte que utilizam máquinas modernas conseguem reduzir o tempo de operação, resultando em maior eficiência.
O tipo de cultura também influencia a escolha da máquina agrícola. Para culturas de grãos, como soja e milho, o uso de plantadeiras e colheitadeiras específicas para essas culturas é indispensável.
Já para culturas como frutas e hortaliças, máquinas mais delicadas, como transplantadoras e pulverizadores, são mais apropriadas.
A análise do custo-benefício é essencial na escolha do maquinário. Não basta considerar apenas o preço de compra; é preciso avaliar o consumo de combustível, a durabilidade, a necessidade de manutenção e o suporte técnico oferecido pelo fabricante.
Segundo a Emater, máquinas mais modernas e com maior eficiência energética podem gerar uma economia de até 15% no consumo de combustível, além de oferecer uma durabilidade superior em relação aos modelos mais antigos.
A adoção de tecnologia avançada nas máquinas agrícolas, como sistemas de GPS e agricultura de precisão, está cada vez mais comum. Máquinas equipadas com essas tecnologias permitem uma gestão mais precisa dos insumos, economizando fertilizantes, defensivos agrícolas e água.
Além disso, o monitoramento em tempo real das condições do solo e da lavoura possibilita que o produtor tome decisões mais rápidas e eficientes.
Por fim, a escolha da marca e do modelo da máquina também é crucial. Fabricantes têm focado cada vez mais na qualidade de seus produtos e suporte técnico oferecido.
É importante que os produtores pesquisem a reputação dos fabricantes, buscando opiniões de outros produtores e avaliando o desempenho das máquinas no campo. Além disso, muitas dessas empresas oferecem programas de financiamento e garantias que facilitam a aquisição das máquinas.
A escolha da máquina agrícola ideal é uma decisão estratégica que pode transformar a produção no campo. Ao considerar o porte da propriedade, o tipo de cultura, o custo-benefício e o nível de tecnologia, o produtor pode otimizar suas operações e aumentar a rentabilidade.
Além disso, algumas instituições financeiras oferecem linhas de crédito que facilitam a aquisição de equipamentos, tornando o investimento mais acessível para pequenos e médios produtores.
*Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação Agro Estadão
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