As restrições nas exportações após o caso de gripe aviária frearam o crescimento e derrubaram os números de junho
As exportações de carne frango brasileira, tanto in natura como processada, terminaram o primeiro semestre com alta em receita como em volume. O crescimento foi de 5% em faturamento, chegando aos US$ 4,87 bilhões frente aos US$ 4,63 bilhões no mesmo período do ano passado.
O volume exportado somou 2,6 milhões de toneladas nos primeiros seis meses do ano, 0,5% superior ao embarcado em 2024. Os dados são do Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e compilados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Já na análise do mês de junho, as vendas da proteína foram impactadas pelas restrições impostas por diferentes países após o caso de gripe aviária em uma granja comercial no Rio Grande do Sul. Foram embarcadas, no período, 343,1 mil toneladas (-21,2%), gerando receita de US$ 637 milhões (-19,7%).
“Por um lado, os saldos registrados em maio e junho demonstraram um impacto real inferior ao que se chegou a especular com as suspensões decorrentes do único foco identificado e já resolvido de Influenza Aviária em produção comercial”, comentou por nota o presidente da ABPA, Ricardo Santin. A expectativa é de que haja uma retomada no crescimento das exportações, como vinha sendo observado antes da ocorrência da gripe aviária no Brasil.
“Agora, com a publicação da autodeclaração do Brasil de Livre de Influenza Aviária junto à Organização Mundial de Saúde Animal, a maioria dos mercados retomaram o fluxo das exportações e outros deverão restabelecer em breve. A expectativa é que ocorra uma significativa evolução nos níveis dos embarques neste segundo semestre”, completou.
No primeiro semestre, os principais importadores de carne de frango brasileira foram:
O Paraná continua na liderança entre os estados exportadores, com quase metade do volume embarcado, 1,03 milhão de toneladas, 3,49% a menos em relação ao mesmo período do ano passado. Santa Catarina exportou 573,3 mil toneladas (+1,72%). Já o Rio Grande do Sul teve desempenho menor, com 348,5 mil toneladas (-1,62%). São Paulo (154 mil toneladas) e Goiás (131,1 mil toneladas) registraram crescimento, 12,4% e 4,2%, respectivamente.