Medida que envolve o SISBI e o Selo Arte pode elevar em até 20% a produtividade de agroindústrias de pequeno porte
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Sebrae assinaram nesta quarta-feira, 6, um acordo de cooperação técnica (ACT). O documento prevê uma parceria na ampliação do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI) e na abrangência do Selo Arte. A intenção é que 2,5 mil agroindústrias de pequeno porte passem a comercializar os produtos em todo o território.
“Para ter longevidade no mercado, para que ela [agroindústria] possa se formalizar, para que ela possa se inserir inclusive no contexto da globalização econômica e fazer com que essa pequena economia tenha condições naturais de fazer escala, de crescer, de se desenvolver e de agregar valor”, comentou o presidente do Sebrae, Décio Lima.
Uma das pernas do acordo trata do SISBI. O Sebrae vai atuar no âmbito de consórcios com municípios. A entidade vai buscar formas para que os Serviços de Inspeção Municipal (SIM) façam adesão ao SISBI. Isso possibilita que os produtos que tiverem o SIM também recebam o selo do SISBI e assim consigam vender os produtos para todo o Brasil e não só na região da cidade. Além disso, o Sebrae vai atuar na capacitação dessas pequenas agroempresas.
“Nós estamos levando, então, ao empreendedor, ao empreendimento, a capacidade do Sebrae de ensinar, transformar um queijo que consome dez litros de leite a R$ 3, e é vendido por R$ 30. Com o selo SISBI, ele vai poder comercializar em todo o Brasil, em qualquer supermercado, e agregar valor a esse queijo, talvez vender por R$ 50, R$ 70, R$ 80, R$ 100. Se tiver o Selo Arte, a R$ 200”, afirmou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.
No caso do Selo Arte, seria um passo seguinte focado em empreendimentos que têm produtos considerados artesanais. O selo é uma certificação de identidade e qualidade e o Sebrae vai ajudar empreendedores rurais a conseguirem esse atestado, agregando valor à produção.
Inicialmente, o Sebrae vai fazer um diagnóstico dos produtos que tem potencial para o selo e endereçar esses produtores para conseguirem o certificado. A previsão é de que essa etapa comece já no terceiro trimestre deste ano e vá até o segundo trimestre de 2026. Na primeira metade do ano que vem, a entidade vai organizar uma “jornada comercial” para promover os produtos que tem o Selo Arte.
A estimativa do Sebrae é que tanto a medida do Selo Arte como do SISBI reflitam em um aumento de 20% da produtividade média desses pequenos negócios.