Árvore, nativa do Brasil, possui fruto com polpa cremosa e tem boa adaptação a diversos climas
Imagine-se caminhando por um pomar repleto de árvores frutíferas e, de repente, você se depara com uma fruta de aparência peculiar, com casca verde e escamosa, escondendo uma polpa cremosa e adocicada. Bem-vindo ao mundo do araticum!
Essa fruta também conhecida como ariticum, panã, marolo, condessa, bruto ata, dentre outros nomes populares. Seu nome deriva do tupi que significa “fruto do céu”.
É uma verdadeira joia da biodiversidade brasileira que vem ganhando destaque entre produtores rurais e consumidores conscientes.
Segundo dados da Embrapa, o araticum é cultivado em diversas regiões do Brasil, com destaque para o Cerrado, onde sua produção tem crescido nos últimos anos.
O araticum, cientificamente conhecido como Annona crassiflora, é uma árvore frutífera nativa do Brasil, pertencente à família Annonaceae. Essa espécie impressiona com sua robustez, podendo atingir até 8 metros de altura.
Suas folhas são grandes e ovaladas, com textura dura, adaptadas ao clima do Cerrado. O fruto, verdadeiro tesouro dessa planta, é uma baga arredondada que pode pesar até 2 quilos, com casca verde e escamosa que protege uma polpa amarelada, cremosa e extremamente saborosa.
No Brasil, encontramos diversas espécies de araticum, cada uma com suas particularidades.
Além do araticum-do-cerrado (Annona crassiflora), temos o araticum-do-mato (Rollinia sylvatica), o araticum-mirim (Annona montana) e o araticum-de-terra-fria (Annona emarginata), entre outros.
Essa diversidade demonstra a riqueza genética e o potencial de adaptação dessa frutífera a diferentes ecossistemas brasileiros.
O habitat natural do araticum é predominantemente o Cerrado brasileiro, mas sua capacidade de adaptação é notável. A planta se desenvolve bem em solos arenosos e bem drenados, típicos desse bioma.
No entanto, com manejo adequado, o araticum pode ser cultivado em outras regiões, desde que sejam respeitadas suas necessidades básicas de solo e clima. Essa versatilidade torna o araticum uma opção interessante para produtores rurais em diferentes partes do país.
O araticum é uma verdadeira fonte de nutrientes essenciais para a saúde. Rica em vitaminas A, C e do complexo B, essa fruta contribui para o fortalecimento do sistema imunológico e a manutenção de uma pele saudável.
Além disso, seu alto teor de minerais como ferro, potássio e cálcio faz do araticum um aliado na prevenção de anemias e na manutenção da saúde óssea.
Os antioxidantes presentes na fruta, como flavonoides e carotenoides, ajudam a combater o envelhecimento precoce e a prevenir doenças crônicas.
A versatilidade culinária do araticum é impressionante. O consumo in natura é uma delícia, com sua polpa cremosa e sabor único que lembra uma mistura de banana com abacaxi. Na culinária, o araticum se destaca na produção de doces, geleias e sorvetes artesanais.
Imagine um sorvete cremoso de araticum em um dia quente de verão, ou uma geleia artesanal acompanhando um queijo fino. Para os mais ousados, o licor de araticum é uma iguaria que vem ganhando espaço em bares e restaurantes especializados.
As aplicações do araticum vão além da culinária. Na medicina popular, a fruta é utilizada para combater problemas digestivos e até mesmo como vermífugo natural.
Estudos recentes, como o realizado pela Universidade Federal de Uberlândia, sugerem que o araticum pode ter propriedades benéficas no tratamento do mal de Alzheimer, abrindo novas perspectivas para pesquisas farmacêuticas.
Na indústria cosmética, o óleo extraído das sementes do araticum tem ganhado destaque. Rico em ácidos graxos essenciais, esse óleo é utilizado em cremes hidratantes e produtos capilares, prometendo nutrir e revitalizar a pele e os cabelos.
Essa diversidade de aplicações amplia significativamente o potencial econômico do araticum para os produtores rurais.
A comercialização do araticum oferece diversas oportunidades para os produtores rurais. Os canais de distribuição são variados, incluindo mercados locais, feiras de produtores, supermercados e até mesmo agroindústrias interessadas em processar a fruta.
A venda direta ao consumidor, especialmente em feiras orgânicas e mercados especializados, tem se mostrado uma estratégia eficaz para agregar valor ao produto.
Para se destacar no mercado, é fundamental investir em estratégias de marketing que valorizem as características únicas do araticum. Uma embalagem atrativa que destaque a origem sustentável e os benefícios nutricionais pode fazer toda a diferença.
A participação em eventos gastronômicos e feiras de produtos naturais também é uma excelente forma de divulgar o araticum e educar os consumidores sobre seus benefícios.
O potencial de exportação do araticum é promissor, especialmente para mercados que valorizam frutas exóticas e produtos da biodiversidade brasileira.
Países europeus e asiáticos têm demonstrado interesse crescente por frutas tropicais com propriedades nutricionais diferenciadas.
Para explorar esse mercado, é importante que os produtores se informem sobre as regulamentações fitossanitárias e os requisitos de exportação.
*Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação Agro Estadão