Consultoria Markestrat indica um ‘ambiente mais favorável ao produtor de soja no curto prazo’
Os preços da soja no Brasil começaram outubro em alta, impulsionados por ajustes no câmbio e maior interesse de compradores externos. Segundo o indicador Cepea/Esalq, em Paranaguá, o valor da saca de 60 quilos fechou a última semana em R$ 136,24, com avanço de 1,96% no mês. No Paraná, o indicador registrou R$131,30 — variação mensal positiva de 1,88%.
Segundo a Markestrat, apesar do cenário de baixa liquidez no mercado interno, a melhora nas cotações sinaliza um ambiente mais favorável ao produtor no curto prazo, “reforçando a importância de avaliar oportunidades de fixação de preços e proteção de margem antes do pico de oferta”, destacam especialistas.
Enquanto isso, no mercado do trigo, os preços seguem pressionados, tanto no físico quanto no futuro, refletindo o avanço da colheita e o aumento da oferta doméstica. “Para o produtor, o momento exige foco em eficiência operacional e avaliação estratégica das vendas para evitar perdas de margem”, orienta Markestrat, em relatório.
Os especialistas ressaltam a importância do planejamento comercial diante da concorrência com o cereal importado e das variações climáticas que podem afetar a qualidade do grão. Nesse contexto, destacam-se as recentes chuvas que atingiram os estados do Sul do País, levando boas condições para o início do plantio de verão, mas atenção à finalização da colheita de inverno.
No setor de frutas, a laranja mantém firmeza nos preços da fruta in natura, beneficiada pela oferta ajustada e pela preocupação com o déficit hídrico ainda presente nas principais regiões produtoras. “Apesar das chuvas recentes, o volume e a regularidade ainda não são suficientes para garantir boa recuperação dos pomares, mantendo o mercado atento à florada e à formação dos frutos da próxima safra”, aponta a consultoria.