Cotações da soja têm comportamentos distintos no mercado interno e externo
Os preços do milho seguem estáveis em patamares elevados no mercado brasileiro. O motivo, segundo o Cepea, é a retração de vendedores, a estimativa de baixos estoques e a demanda aquecida. A necessidade de repor os estoques manteve parte dos compradores ativa no mercado interno ao longo da última semana, enquanto os produtores seguiram focados nos trabalhos de campo.
Segundo dados da Conab analisados pelo Cepea, o estoque de passagem da safra 2023/24, que termina em janeiro, foi estimado em 2,53 milhões de toneladas. O volume é bem inferior aos 4,42 milhões de toneladas projetadas em dezembro e reflete o aumento das exportações, que foram atualizadas para 38,5 milhões de toneladas.
Já os preços da soja registraram comportamentos distintos nos Estados Unidos e no Brasil na última semana. Enquanto as cotações externas foram impulsionadas pelas estimativas de menor produção norte-americana e pela demanda aquecida, os valores internos foram pressionados pela expectativa de safra recorde no país.
No entanto, os pesquisadores do Cepea explicam que houve menos negociações nos últimos dias, porque o volume remanescente da safra 2023/24 é baixo e a colheita da temporada 2024/25 ainda está no início.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mantém uma projeção recorde de 169 milhões de toneladas de soja para a safra 2024/25 no Brasil, 10,5% acima do volume do ciclo anterior. Já a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a produção seja de 166,33 milhões de toneladas, também um recorde.
As variações diárias dos preços do milho e da soja podem ser acompanhadas do site do Cepea.