Após incêndios em SP, preços do açúcar sobem 

Os incêndios em propriedades rurais do Estado de São Paulo devem trazer efeitos diretos sobre os preços de açúcar e etanol, é o que avalia a Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana).

Segundo a entidade, os incidentes afetaram tanto a cana-de-açúcar em produção quanto a cana em pé e em processo de brotação, com a queima da palhada. “Percebemos uma redução na produtividade na ordem de 50%, até por essa perda de biomassa que acabou sendo incendiada. Com isso, já temos impactos diretos nos preços do etanol e do açúcar e no canavial do próximo ciclo”, disse em nota José Guilherme Nogueira, CEO da Organização.

Nesta segunda-feira, 26, o Indicador do Açúcar Cristal Branco Cepea/Esalq (SP) fechou o dia a R$ 131,72, alta de 1,55% frente ao encerramento da semana passada.

No cenário internacional, a cotação do açúcar segue em alta na Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE Futures US) nesta terça-feira, com o contrato para outubro de 2024 subindo 2,94%, a 19,60 centavos de dólar por libra-pesa (referência 12h59 – horário local).

As recentes queimadas reforçam as preocupações de agentes quanto à produtividade dos canaviais nesta temporada. Apesar desse cenário, na semana passada, os preços do açúcar cristal branco seguiram em queda no mercado spot paulista, com a saca de 50 quilos operando entre R$ 128 e R$ 129. 

Segundo pesquisadores do Centro de Estudos em Economia Aplicada (Cepea), ao menos no curto prazo, os preços do cristal seguem sem sustentação diante de uma demanda que não tem mostrado sinais de recuperação. Além disso, os pesquisadores contextualizam que o predomínio do clima seco no estado de São Paulo tem agilizado a colheita e a produção de açúcar nesta atual safra (2024/25), elevando a disponibilidade do produto.

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