De vermelha a roxa, cada variedade traz sabor, nutrientes e oportunidades comerciais
By: Fabiana Bertone
A pitanga brasileira
A pitanga (Eugenia uniflora) é uma fruta nativa versátil e promissora no Brasil. É valorizada tanto para consumo in natura quanto para processamento em geleias, sucos, sorvetes e cosméticos, destacando-se por sua adaptabilidade a diferentes climas e solos nacionais.
Janela estratégica
Segundo o Instituto Brasileiro de Florestas, a colheita da pitanga ocorre entre outubro e janeiro. Este período representa uma janela estratégica para comercialização, pois outras frutas podem apresentar menor disponibilidade no mercado nacional.
Variedade vermelha
A pitanga vermelha é a mais conhecida e cultivada no Brasil. Seus frutos variam do vermelho-alaranjado ao escuro, com sabor agridoce característico, equilibrando acidez e doçura. Possui alta produtividade e adaptabilidade.
O poder dos antioxidantes
Estudos da Embrapa indicam que a pitanga vermelha tem alto teor de compostos fenólicos e atividade antioxidante. Esta característica agrega valor nutricional, ampliando as possibilidades de comercialização em alimentos funcionais.
A intensidade da roxa
A pitanga roxa ou preta tem frutos de coloração intensa, ligada ao maior teor de antocianinas. Estes compostos conferem alto poder antioxidante, superior até mesmo ao da variedade vermelha. O sabor é mais adocicado.
Exclusividade amarela
A pitanga amarela é menos comum, mas gera crescente interesse comercial. Sua cor (amarela ou alaranjada) tem apelo estético para mercados gourmet. Apresenta sabor mais suave, com menor acidez que as variedades tradicionais.
Diversidade e mercado
A diversidade de cores no Brasil, que inclui a rara "tutti colore", oferece oportunidades para diferenciação de produtos. Cada variedade atende a demandas distintas, desde o consumo tradicional até segmentos gourmet e funcionais.