Produtores rurais precisam de manejo integrado para combater gafanhotos, combinando controle cultural, biológico e químico para salvar a safra.
By: Fabiana Bertone
O alarme dos gafanhotos
Em 2020, o Brasil ficou em alerta após uma nuvem de gafanhotos estimada em 10 km² estacionar na Argentina, perto da fronteira com o Rio Grande do Sul. O setor agropecuário exige estratégias eficazes.
Entenda a ameaça
Os gafanhotos migratórios se agregam, diferentemente de outras espécies solitárias. Os adultos se alimentam de 400 espécies vegetais e podem percorrer cerca de 150 km por dia, dependendo do vento e das condições climáticas.
O ciclo de vida
Para um manejo eficaz, é fundamental compreender o ciclo de vida: ovo, ninfa e adulto. Condições como altas temperaturas e seca favorecem a proliferação desses insetos, antecipe os surtos.
Monitoramento constante
A base da estratégia é o monitoramento. Faça inspeções visuais regulares, buscando danos nas folhas, ovos no solo e ninfas. O uso de armadilhas e a colaboração regional aumentam a eficácia da detecção.
Controle cultural e mecânico
O preparo adequado do solo, incluindo aração, expõe ovos e ninfas. A rotação de culturas interrompe o ciclo. Barreiras físicas e a remoção manual em infestações iniciais são métodos eficazes e amigáveis ao meio ambiente.
O controle biológico
A sustentabilidade passa pelo uso de inimigos naturais. Predadores como aves (galinhas e patos), aranhas e besouros, além de patógenos como o fungo Metarhizium anisopliae, são importantes agentes biológicos.
Controle químico e o MIP
O controle químico é a última opção, para infestações severas. A estratégia mais completa é o Manejo Integrado de Pragas (MIP), que combina métodos para proteger as plantações e promover o equilíbrio ecológico da propriedade.