Fabiano Marques Dourado Bastos/Embrapa
Presentes no Brasil há mais de 150 anos, os bovinos Nelore podem ser considerados a grande vitória da carne brasileira. A carne é considerada de altíssima qualidade e, por isso, é cada vez mais demandada pelos consumidores nacionais e internacionais.
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O rebanho nacional dessa raça zebuína gira em torno de 220 milhões de cabeças, segundo a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ). Esse número representa cerca de 80% de todo o gado nacional.
O ciclo pecuário vai do nascimento até o abate dos animais. No caso do Nelore, o foco do ciclo é a qualidade da carne, a otimização da produção e a rentabilidade. A atenção é redobrada nas quatro fases do ciclo: cria, recria, engorda e abate.
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A fase da cria começa na concepção, que acontece na estação de monta, onde as fêmeas são expostas ao touro ou à inseminação artificial. Em seguida, vem o nascimento e, depois, o desmame do bezerro. A duração total deste ciclo é de aproximadamente oito meses.
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Essa fase é um período crítico no manejo reprodutivo. Ela é planejada para maximizar a eficiência reprodutiva e garantir que os nascimentos ocorram em uma época favorável, alinhando-se com a disponibilidade de pastagens e melhores condições climáticas.
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Nas primeiras 24 horas de vida do animal, é crucial que ele consuma o colostro — leite amarelo e grosso produzido nos primeiros dias após a vaca parir. O colostro é rico em anticorpos, proteínas e energia, que são fundamentais para a imunidade.
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A etapa do desmame — transição da dependência do leite materno para a alimentação independente — deve ser conduzida com cuidado para minimizar o estresse dos animais. Geralmente, esse passo ocorre por volta dos sete meses de idade do Nelore.
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A fase de recria é a segunda etapa do ciclo pecuário do Nelore, ocorrendo após o desmame e antes da engorda, quando o garrote ou a novilha está com 12 a 15 meses. Este período é fundamental para o desenvolvimento corporal dos animais, tendo duração de 8 a 24 meses.
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