Botulismo bovino: entenda a doença que paralisa o gado
Uma ameaça não contagiosa, mas letal, que se espalha por água e alimentos contaminados e exige manejo preventivo.
By: Fabiana Bertone
A ameaça no pasto
O botulismo bovino é uma doença neuroparalítica causada por toxinas da Clostridium botulinum. Não é contagiosa, mas causa paralisia rápida e pode levar à morte. Rebanhos no Brasil exigem vigilância constante.
O que causa a doença?
A contaminação ocorre pela ingestão de água ou alimentos com toxina. A bactéria se desenvolve em matéria orgânica em decomposição, como carcaças, ossos e silagem mal conservada. Higiene e manejo são essenciais.
Primeiros sinais de alerta
A detecção precoce é vital. Os sinais iniciais incluem fraqueza muscular, marcha cambaleante e relutância em se mover. Os sintomas podem passar despercebidos, exigindo atenção constante do produtor.
A progressão da paralisia
Com a evolução da doença, surgem dificuldade de deglutição, salivação e acúmulo de alimento. Em casos graves, o animal não se levanta, entrando em decúbito. A morte pode ocorrer em até 72 horas.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é clínico, baseado nos sintomas e histórico alimentar. O tratamento inclui aplicação precoce de antitoxina e suporte com hidratação e alimentação assistida. O prognóstico é reservado.
Vacinação é essencial
A vacinação é a principal forma de prevenção. Indica-se vacinas polivalentes com dose inicial, reforço após 30 dias e revacinações anuais. Registros de aplicação são fundamentais para eficácia.
Medidas de manejo preventivo
Além da vacinação, é crucial remover carcaças e ossos, garantir conservação adequada de silagem e feno e manter água limpa. Boas práticas de manejo reduzem riscos e protegem o rebanho.