Ligia Mara Jung/Arquivo Pessoal
Em Floresta, cidade vizinha a Maringá (PR), a família da produtora de soja Lígia Mara Jung cria abelhas como opção para ter açúcar em casa. Naquela época, eles colhiam o mel do café, mas os cafezais foram dizimados por volta de 1975, dando lugar à soja.
Arquivo Pessoal
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Com a produção de mel cada vez maior, a família foi se profissionalizando e as caixas foram ocupando espaços de mata muito próximos das lavouras. Até hoje, a grande safra de mel da propriedade acontece na florada da soja.
“Meu pai sempre dizia: nas áreas ao redor da mata, onde tem abelha, dá mais soja. Ele percebia isso na máquina”, diz a produtora. De fato, hoje ela contabiliza um aumento de 10% de produtividade nesses pontos.
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“As abelhas costumam visitar as plantações pela manhã, então o produtor deve evitar apllicar inseticidas nesse período. Percebemos que quando os dois lados seguem as regras, todos ganham”, analisa o pesquisador Décio Gazzoni, da Embrapa Soja.
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Décio explica que, quando visitam a flor de soja para retirar o néctar, as abelhas transportam o pólen da parte masculina para a parte feminina da flor. Essa polinização resulta em maior fertilização, o que gera um maior número de grãos.
Ronaldo Rosa/Embrapa
"Tive apiários em que atingi 50 kg de mel por caixa em dois meses, somente na florada da soja. E quando levamos os enxames da soja para o eucalipto temos uma super produção, porque durante a soja, a população de abelhas cresce muito”, conta o apicultor. Esse volume é muito maior que a média brasileira, de 19 kg de mel, por caixa, em um ano.
Aldo dos Santos/Arquivo Peossoal
Para o agricultor, o custo para adotar o sistema é praticamente zero, garante o pesquisador Décio Gazzoni. Isso porque aqueles que seguem fazendo o MIP reduzem os custos com menos aplicações. Já o apicultor "não gasta nem 10% do que vai colher em mel”, calcula.
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