Do uso indígena à indústria farmacêutica, o jaborandi se destaca por suas propriedades únicas e potencial econômico sustentável
Sabia que existe uma planta que não apenas embeleza o campo brasileiro, mas também oferece benefícios significativos para a saúde e representa uma oportunidade econômica para o produtor rural?
Essa planta se chama jaborandi. No cenário das plantas medicinais do Brasil, o jaborandi se destaca por suas propriedades únicas e seu potencial multifacetado.
O projeto Bioeconomia do jaborandi incentiva manejo sustentável, cultivo e preservação do jaborandi na Amazônia e no Nordeste, com foco na produção de pilocarpina para uso farmacêutico.
O jaborandi (Pilocarpus microphyllus) é uma planta nativa da Amazônia e da Mata Atlântica brasileira. Caracteriza-se por ser um arbusto ou árvore pequena, com folhas compostas e flores pequenas de cor branca ou rosa.
Suas folhas são ricas em alcalóides, especialmente a pilocarpina, que confere à planta suas propriedades medicinais.
Entre as principais espécies de jaborandi com valor medicinal, destacam-se o Pilocarpus jaborandi, Pilocarpus microphyllus e Pilocarpus pennatifolius. Cada uma dessas espécies possui características próprias, adaptadas a diferentes regiões do Brasil.
Historicamente, o uso do jaborandi remonta às práticas medicinais indígenas. Os povos nativos utilizavam as folhas da planta para tratar diversas condições, desde febres até problemas oculares.
Esse conhecimento tradicional pavimentou o caminho para as aplicações modernas do jaborandi na medicina e na indústria cosmética.
O principal composto ativo do jaborandi é a pilocarpina. Essa substância tem a capacidade de estimular certas funções do sistema nervoso, resultando em diversos efeitos benéficos para o organismo.
Além do tratamento do glaucoma, que abordaremos em detalhes mais adiante, o jaborandi apresenta outros potenciais benefícios para a saúde:
É fundamental ressaltar que, devido aos efeitos potentes da pilocarpina, o uso do jaborandi deve ser feito exclusivamente sob orientação de um profissional de saúde qualificado. A automedicação pode levar a efeitos colaterais indesejados e potencialmente perigosos.
O glaucoma é uma condição ocular caracterizada pelo aumento da pressão intraocular, que pode levar à perda progressiva da visão se não tratada adequadamente.
A pilocarpina, extraída do jaborandi, é usada na produção de colírios para o tratamento da doença. Não é recomendado uso da planta diretamente.
A pilocarpina age estimulando os receptores muscarínicos no olho, promovendo a contração do músculo ciliar e do esfíncter da íris.
Esse mecanismo resulta na abertura do ângulo da câmara anterior do olho, facilitando a drenagem do humor aquoso e, consequentemente, reduzindo a pressão intraocular.
Como vimos, a demanda do jaborandi abrange tanto a indústria farmacêutica, para a produção de medicamentos oftalmológicos, quanto a indústria cosmética, que utiliza extratos de jaborandi em produtos capilares e de cuidados com a pele.
O cultivo sustentável do jaborandi pode representar uma fonte de renda considerável para os produtores rurais.
Com o crescente interesse em produtos naturais e sustentáveis, a demanda por matérias-primas de origem vegetal tende a aumentar, criando um cenário favorável para quem investe nessa cultura.
Entretanto, é essencial que os produtores estejam atentos à legalidade e regulamentação do cultivo e comercialização do jaborandi. A obtenção das licenças necessárias e o cumprimento das normas ambientais são passos fundamentais para garantir a viabilidade e a sustentabilidade do negócio a longo prazo.
*Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação Agro Estadão