Sustentabilidade

Você sabia que é possível plantar sem se preocupar com chuva ou praga?

Cultivo protegido revoluciona a agricultura, permitindo produção o ano todo, independente do clima e livre de pragas, garantindo autonomia climática ao agricultor

Imagine poder cultivar suas plantas o ano todo, independentemente do clima lá fora. Isso é possível graças ao cultivo protegido. Esta técnica revolucionária está transformando a agricultura, permitindo que produtores rurais tenham controle total sobre o ambiente de crescimento das plantas.

A Embrapa Clima Temperado (RS), por exemplo, apresentou tecnologias para cultivo protegido de morango, batata, batata-doce e cebola na 30ª Exposição Técnica de Horticultura, Cultivo Protegido e Culturas, provando a importância do setor.

O que é o cultivo protegido e como ele transforma a agricultura?

O cultivo protegido é uma técnica agrícola que cria um ambiente controlado para as plantas, isolando-as das condições climáticas externas. Este método utiliza estruturas como estufas, túneis ou coberturas plásticas para proteger as culturas de fatores como chuva excessiva, granizo, ventos fortes e radiação solar intensa.

Ao adotar o cultivo protegido, o produtor rural ganha um controle significativo sobre o desenvolvimento da cultura. Esta técnica permite a otimização de recursos, resultando em maior produtividade e qualidade dos produtos. 

Além disso, o cultivo protegido possibilita a produção fora de época, atendendo às demandas do mercado em períodos de escassez.

Uma das principais vantagens é a capacidade de estender o período de cultivo ou até mesmo produzir o ano todo, independentemente das estações. 

Isso proporciona ao agricultor uma autonomia climática, permitindo um planejamento mais preciso da produção e reduzindo os riscos associados às intempéries.

O papel do cultivo protegido na gestão da água

No cultivo protegido, o produtor rural tem controle total sobre a irrigação, independentemente da ocorrência de chuvas. 

Ao impedir o contato direto da planta com a água da chuva, o sistema exige que toda a hidratação seja fornecida de forma controlada. Isso evita o encharcamento do solo, a lixiviação de nutrientes e a proliferação de doenças fúngicas causadas pela umidade excessiva.

Os mecanismos de irrigação comumente utilizados no cultivo protegido incluem sistemas de gotejamento e microaspersão. A ausência de chuva direta permite a aplicação precisa de água e nutrientes, um processo conhecido como fertirrigação. 

Esta técnica otimiza o uso dos recursos hídricos e nutricionais, garantindo que as plantas recebam exatamente o que precisam, quando precisam.

A gestão eficiente da água no cultivo protegido resulta em economia de recursos e maior produtividade. 

Os produtores podem ajustar a quantidade de água fornecida conforme as necessidades específicas de cada cultura e fase de crescimento, evitando desperdício e maximizando a eficiência do uso da água.

Foto: Adobe Stock

Proteção solar e térmica no cultivo protegido

As estruturas do cultivo protegido desempenham um papel fundamental na modulação da luz solar e da temperatura. O “efeito estufa” criado por essas estruturas atua como um mecanismo para proteger as plantas do frio excessivo, retendo o calor. 

Ao mesmo tempo, os materiais de cobertura, como plásticos agrícolas específicos, podem filtrar ou difundir a luz solar para evitar queimaduras e estresse térmico em dias de sol intenso.

A escolha dos materiais de cobertura é estratégica e depende da cultura e das condições climáticas locais. 

Filmes plásticos com diferentes propriedades de transmissão de luz e telas de sombreamento são empregados para criar o ambiente ideal de luz e temperatura, visando otimizar a fotossíntese e proteger contra extremos de temperatura.

A ventilação adequada é outro aspecto fundamental no cultivo protegido. Sistemas de ventilação natural ou mecânica são implementados para evitar o superaquecimento dentro do ambiente protegido, mantendo as condições ideais para o desenvolvimento das plantas.

Cultivo protegido contra pragas e doenças

O ambiente fechado e controlado do cultivo protegido atua como uma barreira física, dificultando a entrada de insetos-praga, pássaros e outros vetores de doenças que normalmente atacariam as culturas em campo aberto. 

Esta proteção natural reduz significativamente a necessidade de defensivos agrícolas, promovendo uma produção mais sustentável e saudável.

O controle da umidade e temperatura dentro da estrutura de cultivo protegido inibe o desenvolvimento de muitas doenças fúngicas e bacterianas que prosperam em condições climáticas desfavoráveis. 

Ao isolar as plantas do ambiente externo, o produtor rural ganha um controle significativamente maior sobre a sanidade da lavoura.

A redução no uso de defensivos agrícolas diminui os custos de produção, como também contribui para a produção de alimentos mais seguros e com menor impacto ambiental. 

Isso pode ser um diferencial importante para produtores que buscam atender mercados mais exigentes em termos de qualidade e sustentabilidade.

Por fim, o cultivo protegido representa uma revolução na agricultura, oferecendo aos produtores rurais a capacidade de controlar os fatores climáticos essenciais como chuva, sol e temperatura. Esta técnica minimiza os riscos associados às intempéries, permitindo uma produção mais estável e previsível ao longo do ano.

*Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação Agro Estadão