Há vários métodos naturais e artificiais que atendem a áreas com diferentes tipos de silvicultura para satisfazer as exigências do mercado
A silvicultura brasileira ocupa uma área de 9,3 milhões de hectares, de acordo com estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mais de 80% das florestas cultivadas utilizam eucalipto plantado para fins comerciais, como produção de papel, celulose, madeira e carvão vegetal. Apesar disso, existem diferentes métodos naturais e artificiais utilizados por produtores.
De forma geral, essa forma de cultivo pode ser dividida em dois modelos: clássico e moderno. A versão mais tradicional utiliza quase apenas florestas naturais, com uma preocupação maior com a estabilidade do ecossistema natural e as limitações decorrentes das forças produtivas da área. Já a silvicultura moderna utiliza quase exclusivamente as florestas plantadas. Isso torna a produção mais independente em relação à área natural, podendo criar um ambiente artificial para oferecer as melhores condições de desenvolvimento das árvores. A silvicultura moderna, além de madeira, pode produzir outros bens e serviços.
A silvicultura moderna, a mais praticada no agronegócio brasileiro, pode ser classificada de acordo com vários parâmetros, como ciclo de sistemas, tipos de povoamento, local e tecnologias aplicadas. As variedades de técnica vão desde cultivos mais orgânicos e consorciados até o uso de árvores geneticamente modificadas.
A silvicultura de precisão utiliza a coleta e a análise de dados para aplicar intervenções preventivas ou corretivas de acordo com cada microambiente de uma área geográfica, para aumentar a eficiência e reduzir gastos. Esse tipo de cultivo é indicado para áreas com grande variação de fatores que interferem diretamente na produção florestal.
O cultivo de florestas em ambientes urbanos, em áreas públicas ou privadas, pode ter objetivos ecológicos, econômicos ou sociais. A silvicultura urbana procura combinar os benefícios da produção florestal para a cidade com a preservação ambiental e o uso industrial das matérias-primas. Para tanto, pode utilizar recursos tecnológicos para monitorar a cobertura vegetal.
Esses sistemas utilizam apenas uma espécie para produzir madeira comercial, um tipo de cultivo que altera totalmente a estrutura natural da floresta com objetivo de criar florestas altas com o mesmo tamanho. Entre os principais subsistemas, estão a regeneração natural/artificial com dossel protetor, a eliminação do dossel superior de uma só vez e em função da regeneração natural ou artificial das sementes e de sistema monocíclico de melhoramento.
Com menos modificação da estrutura natural do ambiente em relação aos sistemas monocíclicos, os policíclicos visam cultivar uma cobertura florestal alta, mas com diferentes tamanhos e preponderância de espécies com valores comercial. Os sistemas policíclicos podem ser de enriquecimento, de melhoramento e de desbastes.
Em termos de povoamento florestal, em que parte da floresta se diferencia por sua estrutura e composição, as áreas de silvicultura podem ser classificadas em povoamentos de acordo com a diferença de idade entre as árvores jovens e adultas e a variedade de espécies (puras ou mistas).
Fonte: Agropos, Portal São Francisco, Lastrop, Agência Brasil.