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Plantas medicinais: como consumir de forma segura?
O consumo deve ser realizado sob a orientação de um profissional da área da Saúde
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26/05/2022 - 13:56
A utilização de plantas medicinais sem a devida orientação médica pode gerar sérios riscos à saúde. Ervas usadas como “chás emagrecedores”, por exemplo, podem ser tóxicas ao fígado e são proibidas no Brasil.
Apesar de serem naturais, as substâncias presentes nas plantas medicinais podem causar alterações na pressão arterial e problemas no sistema nervoso, no fígado e nos rins, segundo alerta a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável por regular medicamentos no Brasil.
O órgão reforça que os vegetais podem sofrer influências do local em que cresceram, como terra, fertilizantes, pragas, pesticidas e fungos. As ervas ainda podem ser contaminadas pela água e durante as etapas de secagem e armazenamento.
O que são plantas medicinais?
As plantas medicinais são vegetais que podem aliviar ou curar doenças, e o uso de ervas para tratar problemas de saúde é uma tradição popular no Brasil. Raizeiros, curandeiros e benzedores são comuns em comunidades, especialmente rurais.
Ao longo do tempo, no entanto, estudos científicos conseguiram comprovar a eficácia da utilização de substâncias para o tratamento de saúde. Muitas ervas, inclusive, foram incluídas em programas do Sistema Único de Saúde (SUS). Ainda assim, diante da biodiversidade e do amplo uso, o conhecimento não abrange todo o universo de ervas existentes.
As plantas medicinais podem ser utilizadas para a fabricação de medicamentos naturais, conhecidos como fitoterápicos, produtos que são controlados pelos órgãos de fiscalização que atestam a eficácia e a segurança do tratamento de certas doenças. Essas substâncias devem ser consumidas sob orientação médica, pois também oferecem riscos à saúde.
Quais são as plantas medicinais que posso consumir?
Existe um grande número de plantas medicinais que podem ser consumidas com segurança. Algumas autoridades de saúde realizaram levantamentos com ervas presentes em cada região, com instruções de preparo, uso e contraindicações. Contudo, é importante observar o nome científico de cada vegetal, pois os nomes populares podem variar muito.
A babosa (Aloe vera), por exemplo, é indicada para a cicatrização de queimaduras, lesões na pele, queda de cabelo e acne. Para tanto, deve-se aplicar diretamente no local ferido o sumo fresco da folha lavada. A planta é contraindicada para gestantes, lactantes, durante a menstruação e para pessoas com varizes, problemas renais, apendicite e disenterias.
O chá de infusão da espinheira-santa (Maytenus ilicifolia) pode prevenir úlceras e tratar problemas gástricos e digestivos, mas não deve ser consumido por menores de 6 anos de idade e até o terceiro mês de gestação.
Já o chá de boldo (Gymnanthemum amygdalinum) ajuda a reduzir gases intestinais, distúrbios do fígado e do estômago. A planta, entretanto, é contraindicada para grávidas, lactantes, crianças com menos de 6 anos e pessoas com problemas nos rins ou que fazem uso constante de anticoagulantes.
Quais são as plantas medicinais para cultivo?
Uma horta medicinal pode ser cultivada em qualquer lugar com acesso a água abundante e de boa qualidade. A relação de plantas medicinais é bastante extensa, mas inclui:
- alecrim;
- camomila;
- carqueja;
- capim-limão;
- erva-cidreira;
- erva-doce;
- hortelã;
- manjericão.
Para escolher quais vegetais cultivar, é interessante verificar quais são as doenças mais comuns no local e que espécies são indicadas para tratamentos com comprovação científica. Os métodos para plantio são variados, podendo ser utilizados canteiros ou vasos, a depender das características do espaço.
Assim como qualquer cultivo, é essencial preparar o solo adequadamente, estar atento a questões como exposição ao sol e época certa para o plantio, além de controlar a incidência de pragas e doenças. É importante também conhecer as técnicas apropriadas para colheita e secagem, para garantir a qualidade das plantas medicinais.
Fonte: Governo de São Paulo, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Ministério da Saúde.
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