Conheça a história da produção de algodão no Brasil | Agro Estadão Conheça a história da produção de algodão no Brasil | Agro Estadão
apresenta
PUBLICIDADE

Summit Agro

Conheça a história da produção de algodão no Brasil

A produção de algodão destinada à exportação impulsionou a economia do Brasil colonial e incentivou a industrialização do País

3 minutos de leitura 14/09/2021 - 11:00

Nome Colunistas

961
961

A cultura do algodão é conhecida pela humanidade há pelo menos 6 mil anos. Os Incas e outras civilizações antigas utilizavam o vegetal para a fabricação de tecidos. No território que viria a ser o Brasil, os indígenas já dominavam o plantio, sendo capazes de tecer e tingir os fios de suas fibras para fazer redes desde antes do descobrimento.

A produção comercial no País começou no século 18, nos estados da Região Nordeste. Em 1760, o Maranhão exportou as primeiras sacas de algodão para a Europa, dando início ao plantio do tipo arbóreo perene, que tem fibras mais longas.

Rapidamente, o Brasil se tornou um dos maiores produtores mundiais. O processo foi impulsionado pela demanda inglesa de matéria-prima após a Revolução Industrial e a Independência dos Estados Unidos, que deixou de abastecer o mercado da Inglaterra.

Mudanças na produção do algodão

A cotonicultura brasileira se recuperou da infestação do bicudo-do-algodoeiro, que devastou lavouras por quase duas décadas em terras brasileiras. (Fonte: Amipa/Reprodução)

Em 1974, a produção arbórea na região do semiárido nordestino representava um quarto da produção nacional, ocupando mais da metade da área colhida do Brasil. No entanto, durante a década de 1980, chegou ao território brasileiro o inseto bicudo-do-algodoeiro, que se converteu em uma das maiores pragas da cotonicultura mundial.

A origem da praga no País permanece incerta. Uma hipótese aponta que o inseto foi introduzido por meio de transportes aéreos oriundos do sudeste dos Estados Unidos, pois os primeiros focos foram nas lavouras próximas ao Aeroporto Internacional de Viracopos. Em pouco tempo, a infestação destruiu plantações inteiras no Nordeste e provocou a redução da área plantada em mais de 60% entre 1981 e 1995, extinguindo 800 mil postos de trabalho.

PUBLICIDADE

Com isso, o cultivo de algodão se deslocou para São Paulo e Paraná, com o plantio do tipo herbáceo, com fibras menores, contudo mais produtivo. Depois, os altos custos das terras e a concorrência de outras culturas empurraram os algodoeiros para novas áreas do Mato Grosso e de Goiás.

A cultura ressurgiu no Nordeste, no entanto, e começou a enfrentar a alta competitividade das lavouras do cerrado, com uma produção centrada no modelo empresarial.

Salto de produtividade

Mecanização total e modelo empresarial garantem competitividade do algodão brasileiro no mercado internacional. (Fonte: Shutterstock/lourencolf/Reprodução)

A partir de 1999, um terceiro ciclo da atividade se iniciou, com mecanização completa do cultivo (do plantio a colheita), o uso intensivo de insumos químicos e a associação do algodão herbáceo com as culturas de soja e milho. Com isso, a produtividade da cultura deu um salto, e a pluma brasileira voltou a ter destaque no mercado internacional.

As mudanças vieram acompanhadas por esforços para a manutenção da competitividade, como a adoção de um modelo empresarial nas lavouras. Os investimentos em pesquisa, os incentivos fiscais e o novo posicionamento profissional dos produtores foram elementos essenciais na recuperação do setor algodoeiro e na sua consolidação no cerrado. 

Há anos, o Mato Grosso lidera a produção nacional e, junto da Bahia, responde por mais de 80% do algodão em pluma produzido no Brasil. A última estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indica que 2,71 milhões de toneladas de algodão serão colhidas na safra 21/22, uma alta de 15,8% em comparação à temporada anterior. O resultado é impulsionado por um aumento de 5% da área plantada e a elevação em 2,1% da produtividade.

Fonte: Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). 

PUBLICIDADE
Agro Estadão Newsletter
Agro Estadão Newsletter

Newsletter

Acorde bem informado
com as notícias do campo

Agro Clima
Agro Estadão Clima Agro Estadão Clima

Mapeamento completo das
condições do clima
para a sua região

Agro Estadão Clima
VER INDICADORES DO CLIMA

PUBLICIDADE

Logo Agro Estadão
Bom Dia Agro
X
Carregando...

Seu e-mail foi cadastrado!

Agora complete as informações para personalizar sua newsletter e recebê-la também em seu Whatsapp

Sua função
Tipo de cultura

Bem-vindo (a) ao Bom dia, Agro!

Tudo certo. Estamos preparados para oferecer uma experiência ainda mais personalizada e relevante para você.

Mantenha-se conectado!

Fique atento ao seu e-mail e Whatsapp para atualizações. Estamos ansiosos para ser parte do seu dia a dia no campo!

Enviamos um e-mail de boas-vindas para você! Se não o encontrar na sua caixa de entrada, por favor, verifique a pasta de Spam (lixo eletrônico) e marque a mensagem como ‘Não é spam” para garantir que você receberá os próximos e-mails corretamente.