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Bioinsumos: o que são e para que servem?

Com capacidade de aumentar a produtividade e reduzir impactos ambientais, os bioinsumos são a aposta para o futuro

De acordo com a CropLife Brasil, o mercado de bioinsumos movimentou, em 2019, cerca de R$ 657 milhões em biodefensivos. Diante do crescimento da procura por esses produtos, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) tem desenvolvido medidas para fortalecer o setor.

Uma delas é o Programa Nacional de Bioinsumos, que visa melhorar a oferta de insumos biológicos, oferecer suporte técnico e fomentar pesquisas sobre a implantação desse manejo sustentável nas lavouras. Além disso, o programa tem o intuito de acelerar a criação de normas reguladoras para incentivar o surgimento de novas empresas no setor.

Em parceria com o governo, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) dispõe de 600 pesquisadores que atuam em frentes direcionadas ao controle biológico de pragas e ao desenvolvimento de inoculantes para a fertilização do solo.

O que são bioinsumos e quais são os seus benefícios

Os insumos biológicos (ou bioinsumos) são produtos feitos a partir de microrganismos, materiais vegetais, orgânicos ou naturais e utilizados nos sistemas de cultivo agrícola para combater pragas e doenças e/ou para melhorar a fertilidade do solo e a disponibilidade de nutrientes para as plantas. Por apresentar baixa toxicidade e ser biodegradável, esse tipo de insumo promove a agricultura sustentável e reduz os impactos em comparação com os agroquímicos comuns.

Como exemplo de bioinsumos, podemos destacar:

Em comparação com os produtos convencionais e não biológicos, os bioinsumos oferecem vantagens que vão além de seus efeitos diretos. Em longo prazo, a substituição tende a favorecer o agro do futuro, viabilizando a sustentabilidade na produção agrícola e a preservação da natureza e do meio ambiente através da redução de impactos ambientais.

Além disso, os biológicos ajudam a aumentar a produtividade mantendo a segurança alimentar, o que agrega valor ao produto final. A redução de custos com aplicações intensivas de defensivos e fertilizantes também reflete diretamente na rentabilidade e na margem de lucro da lavoura.

Expectativas para o setor

De acordo com a Embrapa, o mercado global de bioinseticidas faturou US$ 3,4 bilhões em 2016. Para 2021, a estimativa é de que o setor alcance a marca de US$ 7,5 bilhões de faturamento.

Diante da diversidade biológica registrada no Brasil, das medidas de incentivo do governo, das pesquisas desenvolvidas pela Embrapa e do interesse dos produtores diante dos benefícios econômicos e ambientais, há uma grande expectativa de crescimento e evolução na cartela de produtos e na tecnologia dos bioinsumos para os próximos anos.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Categorias: Summit Agro

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