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O Brasil é um dos principais mercados de AgTechs do mundo e tem mais de 1,7 mil empresas do setor
O ecossistema de inovação brasileiro conta com mais de 1,7 mil startups voltadas ao agronegócio, com a metade presente no Estado de São Paulo, de acordo com o Radar AgTech Brasil. Essas empresas desempenham um papel importante na transformação digital da agricultura, promovendo a modernização e a sustentabilidade do setor.
O mercado de AgTechs está em expansão nos últimos anos. O montante investido nas startups do agro foi de quase US$ 2 bilhões em 2022 no Brasil, colocando o País na sexta posição global de aportes no setor, segundo levantamento da AgFunder. O volume de recursos representa mais que o dobro de investimentos do ano anterior.
As AgTechs, ou Agricultural Technologies, são empresas que utilizam tecnologia para desenvolver soluções inovadoras no setor agrícola, combinando conhecimentos em agricultura, Ciência de dados, Inteligência Artificial (IA) e Internet das Coisas (IoT) para melhorar a eficiência, a produtividade e a sustentabilidade nas atividades agropecuárias.
As tecnologias desenvolvidas pelas AgTechs incluem sensores, drones, softwares de análise de dados, aplicativos móveis, sistemas de monitoramento remoto e plataformas de agricultura digital. Com isso, ajudam a coletar informações em tempo real sobre o clima, o solo, as plantas e os animais, permitindo uma gestão mais precisa e eficiente.
As AgTechs diferem das empresas tradicionais do agronegócio pela abordagem inovadora e focada em tecnologia. As startups buscam desenvolver soluções disruptivas e aplicar novas tecnologias no setor agrícola, enquanto os negócios tradicionais tendem a ter uma estrutura e processos mais estabelecidos com menor agilidade.
As diferenças não significam que as startups são necessariamente superiores às empresas tradicionais do agronegócio. A colaboração e a cooperação entre os dois modelos de negócio pode impulsionar a inovação e o avanço do setor agrícola como um todo.
As soluções desenvolvidas pelas AgTechs permitem uma gestão mais eficiente e precisa das atividades agropecuárias, resultando em otimização do uso dos insumos agrícolas e melhoria da saúde das plantas e dos animais. Isso permite uma produção mais sustentável e rentável para os produtores rurais. Veja as principais vantagens das startups do agro.
As AgTechs do Brasil têm ganhado destaque no mercado global do setor agropecuário. Conheça algumas das principais startups brasileiras do agro.
A Agrotools oferece soluções digitais para o agronegócio, fornecendo inteligência na cadeia de suprimentos, compliance socioambiental e análises estratégicas para empresas do setor. Seus sistemas auxiliam na tomada de decisão por meio de um software de gestão e soluções voltadas à IoT.
A Grão Direto é uma plataforma que facilita a negociação de commodities agrícolas, conectando vendedores, compradores, corretores e armazéns de grãos. Todo o processo é realizado digitalmente, proporcionando acesso a informações de preços e custos médios, além de cotações de moedas e ativos.
A JetBov é uma AgTech focada em zootecnia aplicada à pecuária de corte. Sua solução de software monitora o ciclo reprodutivo dos animais, fornecendo dados relevantes para auxiliar na seleção para descarte e no controle de custos, visando otimização financeira.
A Pink Farms atua no conceito de fazendas verticais, aproximando a produção agrícola das cidades e reduzindo desperdícios na cadeia de produção e distribuição. A empresa trabalha com assinaturas, garantindo entregas periódicas de produtos agrícolas aos clientes.
A Safe Trace oferece uma solução de rastreabilidade para a cadeia produtiva do agronegócio. Integrando informações de diversas fontes, a empresa assegura a procedência dos produtos e certifica os produtores que adotam boas práticas sanitárias e ambientais.
Fontes: Radar AgTech, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas, Empresas (Sebrae), Negócios Disruptivos, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)