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Agrotóxico: quais são os principais cuidados na hora de aplicar?
O agrotóxico se tornou essencial em boa parte das lavouras, mas deve ser aplicado de forma adequada para evitar desperdício e danos à saúde e ao meio ambiente
3 minutos de leitura 21/10/2021 - 14:04
Por: Summit Agro
O Brasil é recordista no uso de agrotóxico nas lavouras, sendo o maior consumidor mundial desse insumo em números absolutos, de acordo com relatório produzido pela consultoria de mercado Phillips McDougall, para a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
Os defensivos agrícolas são um importante componente nos custos de produção. Na safra 20/21, esses insumos representaram 20% dos gastos totais do produtor de soja no Mato Grosso, segundo levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Aplicada. Como a maioria dos produtos utilizados para combater pragas são importados, a valorização do dólar gera uma pressão de aumento de preços e custos para os produtores.
Qual o agrotóxico ideal?
Cada agrotóxico tem ingrediente ativo, finalidade e modo de ação diferente. A escolha do produto deve ser realizada a partir da orientação de uma pessoa especializada no assunto. O defensivo agrícola precisa ser original e regulamentado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para garantir a segurança de sua aplicação.
Escala de toxicidade dos agrotóxicos
Os agrotóxicos são classificados pela Anvisa de acordo com seu grau de toxicidade para seres humanos e isso não tem relação com a eficiência no combate a pragas. As classes verde e azul são pouca e medianamente tóxicas e devem ser priorizadas. Os produtos mais tóxicos, de classe amarela e vermelha, só devem ser utilizados em caso extremo.
Transporte correto dos agrotóxicos
Os defensivos agrícolas precisam de condições ideais para seu transporte. Antes de sair da loja, é importante verificar se as embalagens apresentam vazamentos e ter a nota fiscal do produto para apresentar em caso de fiscalização. O transporte deve ser acompanhado de ficha de emergência e realizado em caçamba de caminhonete coberta por lona impermeável, sem a presença de outros produtos, animais ou alimentos.
Equipamentos de proteção para aplicação de agrotóxicos
A utilização de equipamento de proteção individual (EPI), como macacão de PVC, luvas e botas de borracha, óculos protetores e máscara contra eventuais vapores, é fundamental para evitar casos de contaminação. O manuseio dos produtos deve ser acompanhado por outro profissional e realizado em ambiente ventilado, sem a presença de crianças ou pessoas estranhas.
Preparo da calda
O preparo da calda de produtos na formulação líquida pode ser realizado diretamente no tanque com a quantidade da água indicada pelo fabricante. No caso de formulação de pó molhável, a pré-mistura deve ser realizada em uma pequena quantidade de água e, depois da dissolução completa, adicionada ao tanque com a quantidade de água necessária para completar o volume.
Calibração
Após a acoplagem do pulverizador abastecido com água, o funcionamento da máquina deve ser testado para evitar vazamentos. Os bicos devem ser apropriados, preferencialmente de cerâmica, para evitar perda por escorrimento, por exemplo. A limpeza do filtro da entrada do tanque deve ser diária e o manômetro deve ser banhado em glicerina para aumentar a sua resistência e durabilidade.
Pulverização
A pulverização deve obedecer sempre às doses recomendadas. Recomenda-se que a aplicação evite as horas mais quentes do dia e áreas próximas a fontes de água, como riachos e lagos. A pulverização não pode ser realizada contra o vento forte ou em momentos chuvosos.
Embalagens
Os produtos devem ser guardados sempre em embalagens originais bem fechadas, em locais seguros, longe de crianças, animais domésticos, alimentos ou ração animal. As embalagens vazias não devem ser reutilizadas. Depois da utilização, é importante fazer a lavagem tríplice, antes do descarte em uma central de recolhimento apropriada.
Fonte: Agrosaber, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Tecno Flex Agro.
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