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Pecuária

Boi bombeiro? A curiosa estratégia que usa gado para evitar queimadas

A tática do boi bombeiro oferece dupla vantagem: aproveita o recurso forrageiro e protege as propriedades

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Redação Agro Estadão*

26/07/2025 - 08:00

Foto: Wenderson Araujo/CNA
Foto: Wenderson Araujo/CNA

Já pensou em um boi que pode te ajudar no combate contra o incêndio? Esse é o boi bombeiro, uma estratégia que utiliza o pastejo do gado como ferramenta para reduzir o risco de queimadas, transformando um desafio ambiental em uma oportunidade para a pecuária sustentável. 

Com o aumento das preocupações sobre incêndios em áreas rurais, especialmente em regiões como o Pantanal, produtores e pesquisadores buscam soluções eficazes que integrem a produção agropecuária à preservação ambiental.

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Entendendo o conceito do boi bombeiro na prática

O mecanismo por trás do boi bombeiro é simples, porém eficiente. O gado, ao pastar, remove a biomassa seca e inflamável acumulada nas pastagens. 

Este processo natural reduz significativamente a carga de material combustível, diminuindo a velocidade e a intensidade de propagação de possíveis incêndios. 

Por exemplo, em uma fazenda no Pantanal, onde o acúmulo de vegetação seca é comum durante a estação seca, o pastejo controlado pode transformar áreas de alto risco em zonas mais seguras.

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É importante esclarecer que o termo boi bombeiro não implica que o gado seja uma solução milagrosa para todos os tipos de incêndios. Na verdade, esta abordagem é uma ferramenta valiosa quando integrada a um plano de manejo abrangente. 

O pastoreio controlado, quando bem executado, complementa outras estratégias de prevenção de incêndios, criando um sistema de gestão mais robusto e eficaz.

Benefícios do boi bombeiro no manejo de queimadas

boi bombeiro
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A adoção da estratégia do boi bombeiro oferece diversos benefícios aos produtores rurais. Primeiramente, a redução do material combustível nas pastagens diminui consideravelmente a probabilidade de ocorrência e propagação de grandes queimadas. 

O pastejo controlado contribui para a saúde do ecossistema local de várias maneiras:

  • Previne a degradação do solo causada por queimadas descontroladas;
  • Promove a biodiversidade ao manter o equilíbrio da vegetação;
  • Estimula o crescimento de novas plantas, melhorando a qualidade do pasto.

Implementando o boi bombeiro na sua fazenda

boi gordo; boi china; bovino;
Foto: Wenderson Araujo/CNA

Para implementar eficazmente o conceito de boi bombeiro em sua propriedade, é essencial adotar técnicas de manejo adequadas. 

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O pastejo rotacionado e o manejo intensivo são métodos particularmente eficazes para o controle da biomassa e a manutenção da saúde da pastagem. Estas técnicas permitem um uso mais eficiente da terra e um melhor controle sobre o impacto do gado na vegetação.

Um passo fundamental é identificar as áreas da propriedade com maior acúmulo de material seco, que representam maior risco de incêndio. Estas zonas devem receber atenção prioritária no planejamento do pastejo. 

O produtor deve conhecer bem as espécies de pastagem presentes em sua propriedade e entender como o gado interage com elas. Este conhecimento permite otimizar o pastejo, garantindo que a vegetação seja consumida de forma eficiente e sustentável.

O acompanhamento regular da condição da pastagem e do comportamento do gado é fundamental. Isto permite ajustes no manejo conforme necessário, assegurando que a estratégia do boi bombeiro continue eficaz ao longo do tempo. 

Observar indicadores como a altura da vegetação, a distribuição do pastejo e a saúde geral do rebanho ajuda a manter o equilíbrio ideal entre a prevenção de incêndios e a produtividade da pecuária.

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A implementação bem-sucedida desta estratégia requer um planejamento cuidadoso e uma abordagem adaptativa. À medida que as condições climáticas e ambientais mudam ao longo do ano, o produtor deve estar preparado para ajustar suas práticas de manejo. 

Isto pode incluir alterações na rotação do pastejo, na densidade do rebanho ou na suplementação alimentar, dependendo das necessidades específicas da propriedade e da estação.

*Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação Agro Estadão

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